terça-feira, 29 de junho de 2010

Felicidade

Me rendi. Deixei o sorriso bobo voltar a dominar o meu rosto. Deixei a alegria me contagiar, contagiar o meu mundo, o mundo ao meu redor. Me deixei levar. Me deixei levar por você. O improvável tão perfeito. Percebi; não havia sentido lutar contra isso. Era diferente, não mais tão imaturo e sim mais maduro. Mais leve. Nunca menos intenso.
O ar de descoberta, de conhecimento mutuo tão timido e ao mesmo tempo tão nitido se fazem presentes a todo momento. A vontade de ter você sempre por perto; fazendo o que você sabe fazer de melhor: me fazer sorrir. Seja quando você me zoa, seja quando você é a pessoa mais fofa e bonitinha do mundo.
E é assim que eu quero: construi aos poucos algo com você, algo que seja nosso; sempre.

Contradições

Hoje eu acordo e não me reconheço por completo. Estranho, mas entendo. Me acostumo cada dia mais com essa novidade. Não gosto, reluto. Mas não quero continuar como antes. Decidi colocar minha máscara de novo para não mais olhar pra trás. Nunca mais. Decidi fugir, fungir, sufocar para não mais me envolver e consequentemente, na minha cabeça, não mais sofrer.
Aprendi o que antes era quase inaceitável. Por força da necessidade. Ou por medo, por insegurança. Me sinto presa e demonstro liberdade. Me sinto carente e demonstro que não faço questão de nínguem de verdade. No fundo, eu quero um abraço. Só um, que seja verdadeiro. Que me conforte. Que seja único. Que seja pra valer. Como tudo deveria ser. Como tudo tinha que ser. Como tudo era.

quinta-feira, 24 de junho de 2010

Jeito

Não sei fingir.
Não sei mentir.
Não sei esconder.
Sou péssima em sufocar.
Gosto de ser o mais sincera possível. Mesmo com todas as implicações de ser assim.
Sou a favor de sempre ser fiel ao que se sente, ao que se pensa, ao seu próprio julgamento.
Sou a favor do sentir, do falar.
Até mesmo do errar, pois só assim, o voltar atrás é possível.
Qual a graça, se não for assim?
Qual o sentido?
Não entendo, o motivo de tantos jogos, tantos "diz que não diz". Seria tão mais fácil seguir a intuição, o instinto, fazer o que se tem vontade. Arriscar, pra poder se surpreender, ser surpreendida e surpreender.
Essa sim é a graça, a intensidade, o jeito, o meu jeito.

segunda-feira, 21 de junho de 2010

Era uma vez

O que é que o mundo fez
Pra você rir assim
Pra não tocá-la, melhor nem vê-la
Como é que você pôde se perder de mim
Faz tanto frio, faz tanto tempo
Que no meu mundo algo se perdeu
Te mando beijos
Em outdoors pela avenida
E você sempre tão distraída
Passa e não vê
Toda vez é igual, há muito tempo. Há tempo demais. Eu já vi esse filme, e não foi só uma vez. Foram mais de duas. No fundo, onde nem sei bem como e onde é, eu queria que tudo fosse diferente. Chego até a imaginar, mas logo volto à realidade. Logo ergo novamente minha barreira criada ao longo dos anos em relação a você. Não quero baixá-la. Não vou baixá-la.
Tudo tem um motivo. Tudo é assim por um motivo. Acontece porque tem que acontecer, às vezes sem explicação. Você mesmo me disse isso certa vez. A gente é assim por algum motivo. A gente é assim, talvez, porque somos quem simplesmente somos. A gente nunca foi à gente; talvez por essa mesma razão, talvez por outra. Mas a gente não é. E isso eu sei, só isso eu sei. Todos os mínimos e inúmeros detalhes carregam um significado No fundo tudo tem uma explicação. Tudo parece ser a coisa mais sem sentido a se dizer, mas você entende.
Você me conhece muito bem, muito melhor do que eu imagino. Muito melhor que muita gente, muito melhor que a maioria. Eu sei. E mesmo assim nunca dá certo, nada da certo. Meu medo, meus complexos, sua falta de provas e palavras ditas e não ditas. Talvez desculpas. De ambos. Devia ter acontecido. Ou não. Não devia ser assim tão complicado isso com a gente, quando todo o resto é simples. Mesmo assim ainda vejo em você minha espécie de porto seguro onde eu posso ser eu mesma, quem eu quiser. Afinal, é você. Sou eu. É a gente. Há tanto tempo.

sexta-feira, 18 de junho de 2010

Despedida

Does it hurt when you think about me?
Maybe someday I will see you again
And you'll look me in my eyes and call me your friend
F. D. A. A.,

Dessa vez não há lágrimas. Não há marcas de lágrimas misturada com maquiagem nessa folha. Não. A ausência de ambas se dá por cansaço e não por falta de vontade de chorar.
Sei que você não vai ler e nem precisa. Essa carta é pra mim, pra eu me despedir; pra eu me despedir de você e não mais pra você, não mais pra ser entregue. É, dessa vez você não terá o trabalho de mentir ou de falar a verdade, não sei. Também não terá o trabalho de se livrar desse incomodo pedaço de papel, seja devolvendo pra mim, seja jogando no lixo ou sei lá.
Talvez eu não devesse nem estar escrevendo. Talvez eu devesse estar dizendo isso pra você. Ou não. Não sei. As duvidas sempre são comuns e sempre presentes quando de trata de você, de mim, da gente. Mas agora é o momento de certezas. Do jeito que ta não da mais pra continuar. Esse seu, esse meu, esse nosso jogo já cansou demais, já machucou demais. Machucou tanto que eu já nem tenho o que chora. Machucou tanto que ao meu ver te mudou. Você chegou a um ponto que eu quase não te reconheço, quase não te admiro. No fundo, eu te entendo mais que tudo. No fundo, nosso tempo passou. Meu sentimento e meu sorriso ao lembrar de nós, não. Mas a chance que a gente tinha, sim.
Em parte por culpa minha. E por mais que você não admita, você também tem sua parcela de culpa no resultado final do que a gente se tornou. A gente se perdeu. E agora você ta certo, a gente não dá certo junto. Simples assim. E dessa maneira simples de agir (e inédita também) eu me despeço de você, da gente.
Talvez esse esteja sendo meu maior erro. Talvez meu maior acerto. Eu não faço a mínima idéia. Mas eu não tenho mais forças pra ficar tentando te explica o que você não quer (ou fingi que não quer mais) ouvir. Talvez seja mais fácil só acreditar que eu não sou pra você. Talvez eu não seja mesmo.
Eu ainda não sei como vai ser daqui pra frente. Eu meio que esqueci o que é e como é meu mundo depois (e sem) você. Mas é melhor a gente fica distante, se esquece. A essa altura a gente já devia saber e acima de tudo a gente devia ter aprendido alguma coisa.
Alias, eu aprendi. Eu aprendi muito com você. Você é uma pessoa maravilhosa que me fez crescer e ser alguém bem melhor. E eu não consigo, ou não quero, acreditar que você não saiba disso.
Obrigada por tudo. Eu vou sentir muita saudade, daquela que dói e deixa o coração pequeno e apertado.
Eu (ainda) gosto muito de você!
Adeus!
B.L.R.

P.S. No fim, as lagrimas teimaram em surgir.

domingo, 13 de junho de 2010

Saudade

Eu sinto falta das nossas conversas.
Eu sinto falta das nossas tardes e noites.
Eu sinto falta das risadas, de você me irritando.
Eu sinto falta dos filmes, almoços, chocolates e bombons.
Eu sinto falta de ter você do meu lado.
Eu sinto falta dos abraços que pareciam resolver tudo.
Eu sinto falta do mix de certezas e incertezas.
Eu sinto falta das conversas.
Eu sinto falta de você.
Eu sinto falta de simplesmente ter você na minha vida. De simplesmente fazer parte da sua.

quinta-feira, 10 de junho de 2010

Novos dilemas

Me vi abrindo o Word no mínimo cinco vezes para escrever sobre isso. Até que de repente meio como no meio de uma epifania percebi que estava partindo do ponto errado.
Esse texto não começa quando eu pedi pra você propor um assunto sobre o qual eu pudesse escrever. Nãão! Esse texto começa muito antes. Começa no momento que você entrou na minha vida. No momento em que eu te conheci. E a partir daí eu passei a tomar conhecimento de tudo aquilo que antes não havia passado pela minha cabeça. Foram bloqueios, máscaras, senso comum ou até mesmo futebol. Mas o que sempre me chamou mais atenção foram os dilemas discutidos.
Sim, dilemas sempre exerceram um enorme fascínio sobre mim. Mas os apresentados por você sempre foram diferentes, por falta de palavra melhor. E dentre tantos e no meio deles o que mais de destacou pra mim foi: fazer o que se tem vontade ou o que você acha (e no fundo sabe) que é melhor?
Antes de você minha opinião estava formada, clara e não propensa à discussão. Não sei se você veio para mudar algumas coisas em mim, pra me ajudar a mudar essas coisas em mim; só sei que com a sua chegada comecei a perceber que, talvez, minha opinião não fosse a melhor do mundo, nem a mais certa e que não estava tão formada e clara quanto eu pensava. E melhor nem mencionar a parte da discussão.
Antes de escrever esse texto tive que pensar muito. Nunca fui (e talvez nunca serei) muito fã de dedicar dias e mais dias pensando, ainda mais para a tomada de decisões. Mas dessa vez sabia que não era essa a maneira de se proceder. E ao pensar percebi tal dilema muito presente no mundo a minha volta. Infelizmente ou felizmente no meio disso tudo ainda não achei a resposta pra essa pergunta que insiste em ficar martelando na minha cabeça. Talvez nunca ache. Talvez essa seja a graça, a graça de viver. Nada ser exato ou ter uma formula para resolver os problemas. Talvez seja isso que mantenha as coisas interessantes. Talvez....