quarta-feira, 6 de outubro de 2010

Motivo

Não sei o que escrever! Não sei sobre o que escrever! As palavras surgem, mas logo em seguida somem como se nunca tivessem aparecido. A caneta me encara e me desafia. Eu tento, mas logo fracasso. O papel também me encara. Penso como sinto falta da antiga e constante relação que mantinha com ele. Tudo parecia tão mais fácil. Mas às vezes acho e sinto que ele ri das minhas inúmeras tentativas.
É que logo minha mente voa para longe, para você. Memórias e lembranças me invadem e me levam para longe do papel e da caneta e de qualquer outra coisa ou pensamento que possa estar por perto. E então meu pensamento que já é constante em você se faz ainda mais presente, se é que isso é possível. E assim me pego pensando nos nossos momentos mais bobos e simples. Passeios no parque, jantares prontos em casa e conversas regadas a cerveja. Ou qualquer outra situação tão nossa cara que me fazem sorrir instantaneamente.
Penso que ao escrever para você ou sobre você soa tão clichê. As palavras nunca estão a sua altura, as descrições e os adjetivos nunca são suficientes, nenhuma representação se equivale a realidade. É... talvez não tenha como realmente como expressar isso, porque você, definitivamente, é o meu sonho que virou realidade. E isso eu não sei explicar, não tem como explicar. É o seu dom de me deixar sem palavras, com o pensamento só em você.

quarta-feira, 25 de agosto de 2010

Tempo

O tempo já não passa, só anda pra trás
Me perco nessa estrada, não aguento mais
Ele se personifica. E me encara, com um ar misto de presunção e deboche. E lá está ele, com a sua maldita relatividade. Nunca odiei tanto Einstein e sua maldita teoria.
E ela é tão certa que não tem nem argumentação. Ela faz todas as inumeras horas que passo ao seu lado durarem o mesmo tempo de um piscar de olhos. E faz todas as outras durarem uma eternidade inexpressivel e inexplicavel.
E assim eu entro em guerra com algo que não se pode lutar contra. E assim começo a entender todos os clichês já lidos e ouvidos sobre o tema. Como tentar entender algo tão abstrato? Não tem como, penso com quase tanta certeza. Assim como não há explicação para todas as horas passadas com você.
E quanto a isso, pode passar o tempo que for e todas as horas que forem, eu creio e espero nunca saber explicar.
Essa é a graça, a sua graça, a minha e acima de tudo, a nossa graça que tanto me faz bem e feliz.

quinta-feira, 12 de agosto de 2010

Conto de Fadas

Era uma vez uma criança que havia lido muitos contos de fadas. A princesa e o príncipe encantado que viviam felizes para sempre. E por incrível que pareça ela nunca se indentificou muito com tais histórias. Talvez nunca tenha realmente acreditado nelas.
E então ela cresceu e percebeu que gostar de alguém e esse mesmo alguém gostar de você, as vezes, não é o suficiente, não é o bastante. Engraçado (ou irônico), no fundo, mesmo sem querer, achava que quem insistia em lhe mostrar isso era seu príncipe encantado. Julgava-o tão perfeito, apesar de todos os seus - "insivisiveis" - defeitos.
Mas, no final, eles não viveram felizes pra sempre. E então ela passou a desacreditar ainda mais em contos de fadas. Julgava que serviam apenas para iludir, criar uma realidade completamente inexistente e equivocada.
Afinal, ao contrário de tudo que havia lido nas histórias, o cara malvado não era fácil de se enxergar. Pelo contrário. Talvez ele nem fosse realmente o cara malvado, mas com certeza, seu príncipe ele não era. Esse então, talvez nem devesse existir de tão dificil que era achá-lo. Doce ilusão. Tudo acontece por uma razão, porque tem que acontecer assim. O tempo age a sua maneira.
E então, como uma surpresa do destino tudo mudou. Sem aviso prévio, sem expectativas. Simplesmente aconteceu, como tinha que ser. Era ele, seu principe encatado. Como mágica feita por uma fada madrinha. É... tudo isso existe. Ele era imperfeito. Ria dela, fazendo-a rir. Irritava-a e depois a beijava fazendo-a esquecer de tudo. E eles foram felizes, sempre.

segunda-feira, 9 de agosto de 2010

Sem limites

Subestimei seu texto. Achei que seria muito fácil escreve-lo. Achei que seria fácil encontrar as palavras que descreveriam tudo da maneira correta. Me enganei. Muito forte.
Por diversas vezes tentei começa-lo e não consegui. Talvez porque com você tudo tenha sido diferente. Talvez porque por um lado eu estava muito certa de você e da nossa amizade. Mas por outro minhas primeiras impressões eram completamente equivocadas.
Pois é; você foi a primeira, a minha primeira. Parece que foi ontem, alias eu me lembro exatamente como se fosse ontem. Eu tava muito ansiosa pra começa uma nova fase. Você parecia tão delicada, frágil. Sem conta que com essa sua cara de santa me lembrava uma boneca de porcelana. É... Eu lembro que minha vontade era ao mesmo tempo de te proteger e de te deixar o mais feliz possível.
Hoje, não vejo muitas mudanças nesse quadro. Mas eu tenho que te dizer que você foi uma das minhas maiores surpresas. O quanto você mudou, me mudou. Como você mesma disse. Amadurecemos, nos apoiamos em momentos complicados, rimos, cagamos nossas vidas, oi?. Mas ainda hoje e até hoje minha vontade é de te proteger e te deixar feliz; por mais que você se mostrou e provou ser mais forte do que eu jamais imaginei.
Eu sei que é muito clichê fala isso, mas eu tenho muito orgulho de você e de ser sua amiga. Porque além de você ser uma pessoa maravilhosa, mas acima disso por você entender o que eu quero dizer quando te chamo de amiga. E isso não é algo descritível ou que se possa explica. Do mesmo jeito que o meu amor por você. Qualquer coisa que se diga é muito pouco perto do que você é, do que você é pra mim. Ainda bem que você entende quando eu digo: eu te amo muito!

quinta-feira, 5 de agosto de 2010

Trégua

we're busy making big mistakes
Não gostava de admitir; procurava nem pensar no assunto; mas ele era um pensamento um tanto quanto presente.
Sabia que já devia ter feito a coisa certa há algum tempo, mas tinha medo. E se depois se arrependesse? Pior: e se mudasse de idéia? Ela se conhecia o suficiente para saber que essa era uma possível hipótese do futuro; por mais que as coisas tivessem mudado. Temia, bem lá no fundo, que a antiga imagem de porto seguro que lhe era referente voltasse a dominá-la.
Sempre foi uma garota meio impulsiva. Sabia todos os benefícios e malefícios de ser assim. Trazia arrependimentos de atos executados sem o devido pensamento mas também já fora surpreendida tantas vezes, e o gosto daquela felicidade era inesquecível.
-Você ta ocupado? Eu preciso falar com você.
-Não, pode falar.
-Eu não vim aqui pra brigar e nem quero isso, pelo contrário. Eu quero fazer as pazes com você.
-A gente não tá brigado pra ter que fazer as pazes.
-Pode até ser, mas a última vez que a gente se falou foi tenso. Não sei se voc~e lembra. Você meio que veio pedir ajuda e eu tratei com mil pedras na mão. E eu sei que você ficou puto, mas embora não parecesse eu tinha meus motivos.
-Relaxa, isso já passou.
-Eu sei, mas eu ainda acho que eu te devo desculpas. Álias, não só por isso.
-Como assim?!
-Posso falar? Tudo?
-Pode..
-Bom, eu tenho muita coisa pra te falar. Mas, sei lá, não vou ficar remoendo tudo. Não acho que valha a pena. Eu só queria que você soubesse que eu sei o quanto eu te magoei, mesmo. Mas te magoar me machucou mil vezes mais. E eu sinto muito.
-...
-Mas ao mesmo tempo, eu acho que você também errou comigo.
-Não, você tá certa. Muitas coisas que eu fiz, por mais que estivessem certas, foram feitas do jeito errado. Eu não devia ter brigado e gritado com você tantaz vezes.
-Brigada. Significa muito ouvi isso de você, mesmo.
-...
-Sei lá, você foi muito importante e me fez muito bem pra no fim a gente ficar assim. Se não fosse por você eu ainda estaria curtindo a vida muito louca. Voc~e me fez amadurecer e eu sou grata por isso.
-Eu não acho tudo isso, mas brigado. Também significa muito pra mim ouvi tudo isso. E eu curti muito o tempo que a gente ficou junto.
-Então, amigos?!
-Eu sempre fui seu amigo.
E então eles conversaram por algum tempo. Sobre a vida, o passado, o presente.
Ela se sentia completamente plena. Era como se fosse uma pessoa completamente diferente daquela que ele havia conhecido há um ano atrás. "É... MUITA coisa muda em um ano." pensou. Ela sabia que tinha feito a coisa certa, sentia-se madura por ter tomado a decisão de fazer o certo. Sentia-se plena e feliz para viver o que o futuro lhe reservaria.

segunda-feira, 2 de agosto de 2010

Fases e etc.

Ontem eu era uma. Hoje sou outra. Completamente diferente. Completamente oposta. Ou não. Não tão diferente e nem tão oposta. Concluo: sou um misto do ontem e do hoje. Do antes de ontem e do depois de amanhã. Talvez eu seja uma pessoa mista. Mas não, acho que não. Já fui algo que hoje já desacredito que fui. E pode ser que isso se repita inúmeras vezes no futuro. Pode ser que não. E cada vez mais sou a mesma e sou outra. E juro que tudo isso faz muito sentido na minha (confusa) cabeça. Acho que tudo isso que quis expressar é aquilo que todos chamam de fases.
É.. eu também as tenho. Embora, de certa forma, deteste admitir. Já fui desde a menininha apaixonada e romântica até aquela garota (que se acha) inábaçavel e (aparentemente) não liga pra nada. Em ambos os casos penso que tudo era uma doce ilusão. Foi isso que aprendi com todas as fases que atravessei - além de que tudo com o tempo passa a sua maneira - não adianta tentar enganar os outros e principalmente a si mesmo, porque no fundo sempre se sabe. Vejo que todas as antigas versões de mim mesma, se assim posso chamar, me levaram a aprender e a "criar" a minha atual, digo até que me fizeram amadurecer a sua maneira. Hoje acordo e e tento ter o menor número de crises possíveis ao contrário de ontem; tento reprimir e esquecer todos os meus medos criados a partir de momentos passados. Hoje tudo que eu busco e que sonho é muito diferente do que já foi um dia. Cansei de ser uma bagunça, mas não de ser única, especial e intensa. Ainda hoje sonho em ser a menina mais feliz do mundo. Mas a diferença ficou no meio de se atingir porque hoje eu sei quem eu sou. E eu sou, muito, da mesma forma que eu sinto. É... hoje minha fase é a melhor, como tem que ser. E hoje eu sou a menina mais feliz do mundo.

terça-feira, 27 de julho de 2010

Novos Diálogos, parte II

-Então, acho que é isso né?!
-É...
...
-Sei lá, detesto aeroporto.
-Por que?
-Não sei, se você parar pra pensa você tá indo embora e deixando um monte de gente pra trás. Sei lá, não gosto. E despedidas sempre são tensas.
-Mas reencontros só existem por causa das despedidas.
-Justo.
...
-Posso ser boba?
-Você nunca é boba, mas pode.
-Eu já meio que te falei isso antes, mas eu to com medo. Sei lá, eu vou embora e vai que as coisas mudam, você me esquece, sei lá.
-Isso não vai acontecer! A única coisa que vai mudar é que a gente não vai se ver e você vai me deixar morrendo de saudade.
-Você é lindo.
-Você que é linda. E me faz gosta de você.

E o melhor abraço do mundo ela recebeu. Ela não precisava de mais nada, todo o sentido e seguraça lá estavam. Ele a fazia bem, a fazia feliz.

sexta-feira, 23 de julho de 2010

Em busca da verdade

Não consigo escrever! A inspiração não vem, a vontade tão pouco mesmo com idéias de assuntos legais sobre os quais escrever. Dentre os muitos motivos que eu sei que levam a tal situação um em especial prende a minha atenção e consome meu tempo: Prison Break.
Sempre fui fã de seriados americanos, assisto vários. Mas este foge - e muito - do meu padrão e mesmo assim, está no meu TOP 5 dos melhores e mesmo assim, quando o revejo - como agora - ele me prende como se fosse a primeira vez.
O enredo narra a história de Michael Scofield (Wentworth Miller) que cria um plano brilhante (e mirabolante) para tirar seu irmão Lincoln Burrows ( Dominic Purcell); acusado de um assassianto que não cometeu; da prisão de segurança máxima de Fox River. É claro que com o desenrolar da história mil reviravoltas aconteceme e a situação se mostra muito mais complexa e envolve muito mais gente que ambos irmãos jamais imaginaram.
Com um roteiro de tirar o folego a série te envolve na história contada de uma tal maneira que faz você odiar determinados personagens, torcer para outros e você se sente parte de tudo aquilo que está passando. Com muita ação, adrenalina e tiros Prison Break me ganhou.
No entando, (percebo hoje) que tudo se torna pano de fundo e o principal se tornou pra mim o perfil psicológico de cada um dos envolvidos na trama. Como apesar de todas as diferenças entre eles, todos sempre agem com certa passionalidade. agem por suas famílias, para estar juntos delas, agem por amor. Como as vezes a culpa vem, como as vezes as pessoas simplesmente se perdem no meio do caminho, como sempre é possível se redimir e se achar de novo; como no fundo, apesar de tudo todos nós somos humanoscom tudo que isso implica.
Talvez seja por isso que Prison Break é diferente pra mim e talvez seja por isso que eu goste tanto da série e ela me prenda tanto, como poucas conseguem.

domingo, 18 de julho de 2010

InTenso

I know a girl
She puts the color inside of my world
But she's just like a maze
Where all of the walls all continually change

(Daughters, John Mayer)

Ela me falou tanto desse texto, me cobrou tanto que, agora, eu estou com medo que soe forçado.Aliás, nem tenho medo. Acho que ela sabe que não é. E eu sei que ela sabe disso. E ela sabe que eu sei que ela sabe disso, mesmo se confundindo nos saberes de vez em quando. rsQuando ela apareceu eu já estava bêbado. Ela, então, nem se fala. Veio com um papo do qual eu não queria falar. Uma briga besta, que por mais que pareça que exista, não passa de intriga da oposição [ou não].O papo fluiu muito fácil, naquela ladeira na qual acabávamos de passar um bom tempo com um baita espírito de integração, tal como qualquer trote.E sim, eu já sabia de tudo o que se falava dela. Já sabia de tudo o que ela tinha falado. Já sabia de tudo o que foi falado que ela tinha feito. Já sabia de tudo o que ela tinha falado de mim.Mesmo assim, não liguei. Ela parecia tão alegre, tão feliz, tão inocente naquela conversa que me deixou intrigado em saber um pouco mais sobre ela. Quis descobrir um pouco mais do que se passava na sua vida e porque ela era [e se era] como era.Então veio o Orkut e o MSN, iniciativas básicas pra quem quer conhecer outra pessoa. E no MSN tudo se desenrolou de uma forma que nenhum dos dois imaginava.O estilo de vida dela me deixava meio idiota. Meu modo racional de ver tudo se confundia com o foda-se que ela deixava transparecer em cada frase. E, na boa, não quis julgar seu modo de agir e pensar, mas acabei julgando e vendo que era muito do que eu mesmo sempre quis fazer e pensar, mas nunca tive coragem.E então me deixei levar, e prometi a mim mesmo tentar, até o fim, conhecer essa estilo tão romântico e idealizado [sem julgar se é bom ou ruim] que eu estava conhecendo pela primeira vez.E como parte da promessa, jurei ser sincero ao máximo. Dizer quando discordava, dizer quando concordava [quase nunca], dizer quando estava feliz e, principalmente, dizer quando estava triste.Sim, pra mim esse foi o essencial. Ela me ouvia e não ficava entediada com meus problemas. E contei os mais sérios que já contei pra alguém. Não os mais sérios que tenho, por falta de coragem que, quem sabe, um dia vou ter. Mas, pra mim, o fato dela me fazer sentir à vontade pra ser triste de vez em quando, me deixava muito feliz.E, mais do que isso, me ajudava. Mais do que pensava ajudar.Aliás, engraçado que, no começo de tudo, ela achava que quem ajudava era eu. Pobre mente inocente que não via o quando era importante pra essa mente besta.Trocaram telefones, e por ele ocorriam os desabafos mais instantâneos. E a amizade foi se fechando, se compactando. Foram tomar um sorvete em uma segunda-feira qualquer. Coisa simples, mas que nenhum dos dois se imaginava fazendo á toa, como naquele dia.E, depois de um tempo, os problemas de cada um já tinham se tornado pequenos. Um já tinha mudado o outro e, desde então, passaram a falar dos problemas que passaram a ter, desde então. Porque tudo o que tinha antes virou passado, virou a base da amizade que nunca imaginariam que teriam, mas, acredito eu, sempre quiseram ter.Hoje, depois de tanto tempo, ainda que em 6 meses, a incerteza [ciúmes bobo] dela fizeram-na ter a dúvida da força de tal amizade. Porque, o tempo dedicado à ela, inevitavelmente, foi divido pelo tempo dedicado a outro tipo de relacionamento que os dois - engraçado - praticamente juntos, começaram a ter.Ela já havia dito que tinha ciúmes de seus amigos. Tinha medo de perdê-los quando eles se envolvem. E, recentemente, tinha me chamado daquilo que, no começo, era brincadeira. Era.Porque, hoje, não duvido, não nego, não me envergonho nem me arrependo de ser seu Best.E espero que, agora, lendo cada uma dessas palavras, mais do que ter certeza da sinceridade delas, quero que ela deixe de bobeira e perceba o espaço que ela já tem, já garantiu, já mereceu, já conquistou.E que continuo a achando como a menina que vejo, ou melhor, que não consigo ver maldade. Como tantas vezes já lhe disse. Como tantas vezes ainda vou dizer. Como a vi desde o começo. Como a vou ver sempre.

Texto retirado do blog: http://yofemismo.blogspot.com/

quarta-feira, 14 de julho de 2010

Novos diálogos


- Ei! Que foi?
- Nada.
...
- Sério, é bobagem.
- Então é alguma coisa, viu?
- Sei lá.
- Fala!
- Sei lá... Você ta me fazendo muito bem. Eu to muito felizinha e antes de você eu tava traumatizada. Aí você veio e quebro meu paradigmas.
- Você é diferente. Eu gosto de conversa com você, te encher e isso não é muito comum de acontece quando eu fico com a maioria das meninas.
- Hahahaha. Sua cara, seu bobo. Eu gosto de ta com você.
- E eu gosto de você!

E então ela percebeu como era bom ter alguém do seu lado de novo, que apesar de todas as incertezas comuns trazia a maior segurança do mundo. E então ela percebeu como era bom gostar de alguém de novo e deixar que esse alguém também gostasse dela. Ela percebeu então como era bom ser feliz, de novo.

sábado, 10 de julho de 2010

Minha saudade


Certa vez li um texto que falava sobre saudade. Essencialmente dizia que a saudade era não saber. Não saber se ele continuava se irritando com o transito. Não saber se ela continuava a amar ir ao cinema. Não saber se ele ainda ri daquele jeito tão dele e tão espontâneo e se ela continuava a acreditar em (quase) tudo que (ele) diziam. Lembro que, na época, achei o texto um dos mais lindos que já havia lido. Lembro ainda como concordei com tudo que ele dizia e como ao terminar meus olhos estavam cheios de lagrimas.
Já hoje, apesar de ainda achar o texto lindo, tenho uma visão diferente. Não sei se é o momento e não sei quanto tempo isso vai durar. Mas hoje, pra mim a saudade é saber. Saber que 357 km separam São Paulo e Rio de Janeiro. Saber que sim, ele ainda se irrita com o transito caótico e com os motoristas irritados e folgados. Saber que não tem ninguém lá do lado dele, no banco do carona, pra acalmá-lo ao menos um pouco. Saber que no fim do dia o melhor abraço do mundo não vai ser possível de eu receber, por maior que seja a minha vontade. Saber tudo o que aconteceu durante o dia e de certa forma não ter feito parte. Saber que meus dias não são mais meio corridos. Saber que eu não vou mais me preocupar com que roupa eu vou usar a noite pra te ver. Saber que duas semanas nem vão passar tão rápido como eu achava queria quando você me acostumou tão mal a te ver todo santo dia.
Essa é a minha saudade, tão grande, de você. Mas apesar do medo eu sei que tudo vai ficar bem.

domingo, 4 de julho de 2010

Minha verdade: você

Won’t you save me?
Save is what I nedd
I just wanna be by your side

Você quer saber a verdade? A minha verdade? Todas elas?
Então, eu sou humana. Quero me arriscar, mas tenho medo de me machuca (de novo). Quero ter você por perto, mas isso significa gostar cada vez mais disso. Quero te dizer tudo o que eu sinto, o que penso; mas não quero parecer tola ou algo parecido. Quero certezas mesmo que vastas, mas meio que gosto das borboletas que brotam no meu estomago. Quero ser especial pra você, mas as perguntas teimam em sempre surgir na minha cabeça. Queria simplesmente seguir meu coração, agir como antes sempre fiz. Mas meu trauma me paralisa. Por completo.
Pois é, sou feita de defeitos e falhas e sentimentos confusos e mistos também. Mas no meio dessa bagunça toda é você que faz eu me sentir bem, organizada, feliz. E isso não tem como explica ou racionalizar. É simplesmente sua presença, simplesmente você.

terça-feira, 29 de junho de 2010

Felicidade

Me rendi. Deixei o sorriso bobo voltar a dominar o meu rosto. Deixei a alegria me contagiar, contagiar o meu mundo, o mundo ao meu redor. Me deixei levar. Me deixei levar por você. O improvável tão perfeito. Percebi; não havia sentido lutar contra isso. Era diferente, não mais tão imaturo e sim mais maduro. Mais leve. Nunca menos intenso.
O ar de descoberta, de conhecimento mutuo tão timido e ao mesmo tempo tão nitido se fazem presentes a todo momento. A vontade de ter você sempre por perto; fazendo o que você sabe fazer de melhor: me fazer sorrir. Seja quando você me zoa, seja quando você é a pessoa mais fofa e bonitinha do mundo.
E é assim que eu quero: construi aos poucos algo com você, algo que seja nosso; sempre.

Contradições

Hoje eu acordo e não me reconheço por completo. Estranho, mas entendo. Me acostumo cada dia mais com essa novidade. Não gosto, reluto. Mas não quero continuar como antes. Decidi colocar minha máscara de novo para não mais olhar pra trás. Nunca mais. Decidi fugir, fungir, sufocar para não mais me envolver e consequentemente, na minha cabeça, não mais sofrer.
Aprendi o que antes era quase inaceitável. Por força da necessidade. Ou por medo, por insegurança. Me sinto presa e demonstro liberdade. Me sinto carente e demonstro que não faço questão de nínguem de verdade. No fundo, eu quero um abraço. Só um, que seja verdadeiro. Que me conforte. Que seja único. Que seja pra valer. Como tudo deveria ser. Como tudo tinha que ser. Como tudo era.

quinta-feira, 24 de junho de 2010

Jeito

Não sei fingir.
Não sei mentir.
Não sei esconder.
Sou péssima em sufocar.
Gosto de ser o mais sincera possível. Mesmo com todas as implicações de ser assim.
Sou a favor de sempre ser fiel ao que se sente, ao que se pensa, ao seu próprio julgamento.
Sou a favor do sentir, do falar.
Até mesmo do errar, pois só assim, o voltar atrás é possível.
Qual a graça, se não for assim?
Qual o sentido?
Não entendo, o motivo de tantos jogos, tantos "diz que não diz". Seria tão mais fácil seguir a intuição, o instinto, fazer o que se tem vontade. Arriscar, pra poder se surpreender, ser surpreendida e surpreender.
Essa sim é a graça, a intensidade, o jeito, o meu jeito.

segunda-feira, 21 de junho de 2010

Era uma vez

O que é que o mundo fez
Pra você rir assim
Pra não tocá-la, melhor nem vê-la
Como é que você pôde se perder de mim
Faz tanto frio, faz tanto tempo
Que no meu mundo algo se perdeu
Te mando beijos
Em outdoors pela avenida
E você sempre tão distraída
Passa e não vê
Toda vez é igual, há muito tempo. Há tempo demais. Eu já vi esse filme, e não foi só uma vez. Foram mais de duas. No fundo, onde nem sei bem como e onde é, eu queria que tudo fosse diferente. Chego até a imaginar, mas logo volto à realidade. Logo ergo novamente minha barreira criada ao longo dos anos em relação a você. Não quero baixá-la. Não vou baixá-la.
Tudo tem um motivo. Tudo é assim por um motivo. Acontece porque tem que acontecer, às vezes sem explicação. Você mesmo me disse isso certa vez. A gente é assim por algum motivo. A gente é assim, talvez, porque somos quem simplesmente somos. A gente nunca foi à gente; talvez por essa mesma razão, talvez por outra. Mas a gente não é. E isso eu sei, só isso eu sei. Todos os mínimos e inúmeros detalhes carregam um significado No fundo tudo tem uma explicação. Tudo parece ser a coisa mais sem sentido a se dizer, mas você entende.
Você me conhece muito bem, muito melhor do que eu imagino. Muito melhor que muita gente, muito melhor que a maioria. Eu sei. E mesmo assim nunca dá certo, nada da certo. Meu medo, meus complexos, sua falta de provas e palavras ditas e não ditas. Talvez desculpas. De ambos. Devia ter acontecido. Ou não. Não devia ser assim tão complicado isso com a gente, quando todo o resto é simples. Mesmo assim ainda vejo em você minha espécie de porto seguro onde eu posso ser eu mesma, quem eu quiser. Afinal, é você. Sou eu. É a gente. Há tanto tempo.

sexta-feira, 18 de junho de 2010

Despedida

Does it hurt when you think about me?
Maybe someday I will see you again
And you'll look me in my eyes and call me your friend
F. D. A. A.,

Dessa vez não há lágrimas. Não há marcas de lágrimas misturada com maquiagem nessa folha. Não. A ausência de ambas se dá por cansaço e não por falta de vontade de chorar.
Sei que você não vai ler e nem precisa. Essa carta é pra mim, pra eu me despedir; pra eu me despedir de você e não mais pra você, não mais pra ser entregue. É, dessa vez você não terá o trabalho de mentir ou de falar a verdade, não sei. Também não terá o trabalho de se livrar desse incomodo pedaço de papel, seja devolvendo pra mim, seja jogando no lixo ou sei lá.
Talvez eu não devesse nem estar escrevendo. Talvez eu devesse estar dizendo isso pra você. Ou não. Não sei. As duvidas sempre são comuns e sempre presentes quando de trata de você, de mim, da gente. Mas agora é o momento de certezas. Do jeito que ta não da mais pra continuar. Esse seu, esse meu, esse nosso jogo já cansou demais, já machucou demais. Machucou tanto que eu já nem tenho o que chora. Machucou tanto que ao meu ver te mudou. Você chegou a um ponto que eu quase não te reconheço, quase não te admiro. No fundo, eu te entendo mais que tudo. No fundo, nosso tempo passou. Meu sentimento e meu sorriso ao lembrar de nós, não. Mas a chance que a gente tinha, sim.
Em parte por culpa minha. E por mais que você não admita, você também tem sua parcela de culpa no resultado final do que a gente se tornou. A gente se perdeu. E agora você ta certo, a gente não dá certo junto. Simples assim. E dessa maneira simples de agir (e inédita também) eu me despeço de você, da gente.
Talvez esse esteja sendo meu maior erro. Talvez meu maior acerto. Eu não faço a mínima idéia. Mas eu não tenho mais forças pra ficar tentando te explica o que você não quer (ou fingi que não quer mais) ouvir. Talvez seja mais fácil só acreditar que eu não sou pra você. Talvez eu não seja mesmo.
Eu ainda não sei como vai ser daqui pra frente. Eu meio que esqueci o que é e como é meu mundo depois (e sem) você. Mas é melhor a gente fica distante, se esquece. A essa altura a gente já devia saber e acima de tudo a gente devia ter aprendido alguma coisa.
Alias, eu aprendi. Eu aprendi muito com você. Você é uma pessoa maravilhosa que me fez crescer e ser alguém bem melhor. E eu não consigo, ou não quero, acreditar que você não saiba disso.
Obrigada por tudo. Eu vou sentir muita saudade, daquela que dói e deixa o coração pequeno e apertado.
Eu (ainda) gosto muito de você!
Adeus!
B.L.R.

P.S. No fim, as lagrimas teimaram em surgir.

domingo, 13 de junho de 2010

Saudade

Eu sinto falta das nossas conversas.
Eu sinto falta das nossas tardes e noites.
Eu sinto falta das risadas, de você me irritando.
Eu sinto falta dos filmes, almoços, chocolates e bombons.
Eu sinto falta de ter você do meu lado.
Eu sinto falta dos abraços que pareciam resolver tudo.
Eu sinto falta do mix de certezas e incertezas.
Eu sinto falta das conversas.
Eu sinto falta de você.
Eu sinto falta de simplesmente ter você na minha vida. De simplesmente fazer parte da sua.

quinta-feira, 10 de junho de 2010

Novos dilemas

Me vi abrindo o Word no mínimo cinco vezes para escrever sobre isso. Até que de repente meio como no meio de uma epifania percebi que estava partindo do ponto errado.
Esse texto não começa quando eu pedi pra você propor um assunto sobre o qual eu pudesse escrever. Nãão! Esse texto começa muito antes. Começa no momento que você entrou na minha vida. No momento em que eu te conheci. E a partir daí eu passei a tomar conhecimento de tudo aquilo que antes não havia passado pela minha cabeça. Foram bloqueios, máscaras, senso comum ou até mesmo futebol. Mas o que sempre me chamou mais atenção foram os dilemas discutidos.
Sim, dilemas sempre exerceram um enorme fascínio sobre mim. Mas os apresentados por você sempre foram diferentes, por falta de palavra melhor. E dentre tantos e no meio deles o que mais de destacou pra mim foi: fazer o que se tem vontade ou o que você acha (e no fundo sabe) que é melhor?
Antes de você minha opinião estava formada, clara e não propensa à discussão. Não sei se você veio para mudar algumas coisas em mim, pra me ajudar a mudar essas coisas em mim; só sei que com a sua chegada comecei a perceber que, talvez, minha opinião não fosse a melhor do mundo, nem a mais certa e que não estava tão formada e clara quanto eu pensava. E melhor nem mencionar a parte da discussão.
Antes de escrever esse texto tive que pensar muito. Nunca fui (e talvez nunca serei) muito fã de dedicar dias e mais dias pensando, ainda mais para a tomada de decisões. Mas dessa vez sabia que não era essa a maneira de se proceder. E ao pensar percebi tal dilema muito presente no mundo a minha volta. Infelizmente ou felizmente no meio disso tudo ainda não achei a resposta pra essa pergunta que insiste em ficar martelando na minha cabeça. Talvez nunca ache. Talvez essa seja a graça, a graça de viver. Nada ser exato ou ter uma formula para resolver os problemas. Talvez seja isso que mantenha as coisas interessantes. Talvez....

segunda-feira, 31 de maio de 2010

O Sonho

Lá estava ele. Era obvio que logo que ele chegasse ela o avistaria. Parecia imã ou algo do tipo, que sempre a mantinha em constante ligação com ele. Sentia sempre uma certa ansiedade, borboletas brotavam em seu estomago.
Ficou ali, por muito tempo o observando. Aquele jeito a hipnotizava e fazia um sorriso tão doce surgir em sua face. Parecia que tudo passava a fazer sentido, como um nunca antes sentido. Parecia, também, contagiar.
E então ele se aproximou. Falou futilidades, falou por falar. Deu a entender que queria conversar. Ela sentiu. Sem mais explicações, apenas sentiu. Pela primeira vez, tentou controlar seu nervosismo e apenas viver, deixar acontecer.
Quando o viu de novo, ele dormia. Como antes e ela ficou apenas ali, observando. Sentia uma paz imensa dentro dela mesma, toda a tensão que antes sentia não parecia encaixar naquele momento. E assim ele acordou. E a viu, foi a primeira coisa que viu. A única. Era ela. Única. Especial. E isso agora já era suficiente.
- Te acordei?? Aii, desculpa. Não queria.
- Não, magina. Quer deita aqui também?
- Pode ser.
Ela deitou ao lado dele. Uma química, uma tensão, uma eletricidade começou a ser trocada entre os dois. Algo natural, mas incontrolável. Ambos perceberam, tentaram ignorar, mas era impossível. Não sei porque ainda insistiam em tentar, devia ter sido a força do habito. E meio sem explicação, eles estavam abraçados como antes. Ela aninhada em seu peito, como sempre gostou tanto.
-Sabe, eu andei pensando. As coisas mudaram né?
-Ou as pessoas mudaram.
-Você mudou. Eu tentei ignora isso, mas agora já não dá mais. – e um sorriso nervoso começou a aparecer no rosto sério dele.
-Eu to tentando. Ainda não sou a menina que eu quero ser, mas eu to no caminho certo. – disse ela se desvencilhando do abraço dele, mas apoiando o queixo em seu peito e olhando fundo em seu olho.
-E eu quero te ajuda nesse caminho. Você merece, agora.
É impossível descrever tudo que ela sentiu naquele momento. Naquela conversa toda. O sonho dela, enfim, estava acontecendo.
Só faltava o beijo, o dele. Que a fazia flutuar. E depois dele sempre vinha aquele abraço. E tudo estava resolvido. Eles ainda eram eles, agora mais que nunca.


Acordou confusa, o misto de realidade e sonho ainda a confundiam. Mas logo percebeu. “Tudo foi um sonho”. Não dava pa disfarçar a ponta de decepção que surgiu. Mesmo assim estava feliz. (Quase) Tudo que tinha relação com ele a deixava assim. E a simpatia dele, fez ainda mais com que o dia dele que estava sem cores e sem perspectiva torna-se o mais lindos dos dias. E a fazia voltar a sonhar, sempre.

Lugar

Procuro esconderijo. Procuro um refúgio. Até uma certa solidão. Um mundo no qual eu possa escapar. Lá, o escapismo tão citado pela literatura não teria a culpa acoplada. Nããão! Lá seria um lugar de encontros. Solitários, mas ainda sim encontros. Quem foi que inventou que a solidão é única e exclusivamente ruim?
Durante muito tempo acreditei nisso. Não sei porque e não sei pra que. Aprendi ao longo do tempo que a solidão é boa. São em momentos solitários que crio, e acho que todos nós criamos, as melhores teorias, solução a até mesmo fantasias.
É... é durante a minha solidão que crio, melhor que encontro meu abrigo. Aquele que me protege de tudo aquilo que eu nem sei mencionar. Nesse novo mundo não há espaços para tudo aquilo que eu cansei e não quero mais, mesmo tudo isso sendo tão variável e imprevisível; mesmo eu sendo meio assim ate. Há quem olhe de fuja porque não entende, porque é uma bagunça.
No meu mundo é como se a liberdade me prendesse. Nas minhas fantasias a única regra é ser fiel, a mim mesma, a tudo aquilo que eu sinto, que acredito e que acho certo. E tudo bem se tudo isso mudar cinco minutos depois. Porque lá eu sou eu mesma, sou quem eu quiser. Lá eu sou feliz, alegre. Lá ninguém enxerga o lado preto, branco e cinza do mundo e da vida. Lá sonhar é preciso porque sonhos não são besteira. Lá é o meu lugar, meu mundo, meu eu.

quinta-feira, 27 de maio de 2010

Inspiração

Ela vem. Do nada. Sempre. Quase sempre. Me tira desse mundo e me transporta pra um muito mais interessante. Minha mente entra em parafuso, fico ausente, fico absorvida em meus próprios pensamentos, devaneios, sonhos, opiniões e desejos mais secretos. É essa tal de inspiração que mexe comigo como nada, como ninguém.
É ela que faz eu me conhecer melhor a cada palavra escrita em uma folha em branco. É ela que me move, é dela que eu sinto falta quando seu oposto, o tão temido e conhecido Bloqueio Mental resolve dar as caras por aqui. Ela me faz entender melhor as situações que eu enfrento. Sem ela eu me sinto estranha, como se não coubesse nem mais um fio de pensamento em mim. Eu me sinto de certa maneira mais solitária. Por que ela é uma parte imensa de mim. Ela me faz tirar plenamente minha mascara, minhas barreiras, minhas amarras. Ela me fez ser eu mesma, sem medo, mesmo que na forma de palavras. É claro que estas também têm uma participação inquestionável nisso tudo. Mas nada funciona sem a inspiração, pois com ela tudo passa a fazer sentido, um nunca antes enxergado e imaginado, e ai sim as palavras fluem rumo ao seu destino final: o papel, agora já não mais tão em branco. Uma luz toma conta de mim e é assim que eu me sinto, iluminada. Por que sem a inspiração nada é tão claro. E nem eu sou tão eu.

domingo, 23 de maio de 2010

Uma noite, nova

Stop there and let me correct it
I wanna live a life from a new perspective
You come along because I love your face
And I'll admire your expensive taste
And who cares divine intervention
I wanna be praised from a new perspective
Aquela noite era diferente. A atmosfera era diferente. Um misto de ansiedade, tensão, nervosismo tentavam tomar conta dela; mas logo tais pensamentos eram afastados. Apesar dessa inquietação sabia que estava no caminho certo. Alem do mais sua decisão já estava tomada e seu objetivo traçado. Era exatamente isso que ela precisava.
Descobriu um novo mundo. Percebeu quão bom ele era, quão divertido. Pela primeira vez quis ficar com seus amigos, dançar com eles, aproveitar com eles, brindar com eles por todos estarem juntos. Pela primeira vez deixou realmente a musica entrar dentro de si e sentiu-a como nunca. Aprendeu a rir das situações, aprendeu a curtir de um jeito oposto ao de antes e para sua surpresa riu como antes ria e ficou mais feliz do que costumava ficar.
Viu como tudo valia a pena, por outros motivos, inúmeros. Quando voltou ao mundo normal, ao mundo real, sentiu-se plena. E percebeu que não precisa de (quase) mais nada. Precisava de tão pouco, alias.Era completa. Era (muito) feliz
.

sexta-feira, 21 de maio de 2010

Cansei

Eu cansei de ser a Marissa Cooper. E você cansou de sempre vir me salvar.
Eu cansei de chora. E você cansou de me consola.
Eu cansei de fazer drama. E você cansou de (tentar) me acalmar.
Eu cansei de ter crises. E você cansou de tentar resolve-las.
Eu cansei de te decepcionar. E você cansou de se decepcionar.
Eu cansei de ser essa menina. Você cansou dessa menina.
Eu cansei de jogar esse joguinho. No fundo, você também cansou.
Eu cansei da minha máscara. E você, por cansaço, passou a acreditar que ela era o real.
Eu cansei das minhas defesas e barreiras. E você, cansado, acabou criando as suas.
Eu, cansada, cansei de me culpar. Já você, simplesmente se cansou.
Eu cansei de fingir, de não admitir. Talvez você tenha cansado de fazer isso na hora certa. E agora você cansou de espera.
Eu não me canso de você, nunca. E por algum motivo que eu não faço a mínima idéia de qual seja, minha intuição me diz que você também não.
É.... Talvez a gente não se canse de ser sempre a gente.

segunda-feira, 17 de maio de 2010

Loucura

Ficou ali parada por horas. Pareceram minutos, mas a mudança da coloração do céu, que de azul transformou-se em um laranja avermelhado por conta do pôr do sol até seu completo escurecimento a fizeram perceber quanto tempo realmente havia passado.
Na avenida que se encontrava abaixo dela inúmeros, incontáveis carros passavam. Na passarela onde se encontrava varias pessoas também ali transitavam. Tudo aquilo transmitia a ela uma sensação de loucura e mesmo assim de certa forma era tudo tão controlado. Tão perfeito, tudo estava acontecendo como devia acontecer.
Pensou que dentre tantos outros aquele era seu lugar favorito. Sabia que ao observar toda aquela movimentação afastava sua mente de tudo que passava como borrões sobre ela. Aquela loucura parecia afasta-la de sua própria.
- Sabia que ia te encontra (aqui). Não adianta tenta fugi uma hora ou outra a gente ia ter que se encontra de novo.
-...
- Você anda me evitando, se distanciando.
- É?! Nem tinha reparado.
- É... Agora você é irônica. Você sabe o que dizem, ironia é uma ferramenta usada por pessoas fracas para esconder sua própria fraqueza.
- Nunca tinha ouvido essa frase. Mas o fato de estar vindo de você já me diz muita coisa.
- Pode me atacar o quanto você quiser. Você sabe quem aqui ta certo e quem ta errado. E de antimão já te aviso: você ta errada. Então pode parar de posar, a gente sabe que você não é assim.
- Ah é?
- Você sabe que no fundo você é fraca. Sensível. Sentimental. Você se importa demais. Por isso que nada ta certo com você. Por mais que você esta cada vez mais fundo nesse poço que você mesma criou pra você.
- ...
- Você é burra. No fundo, tudo isso é sua culpa. Por isso houveram as partidas e você só piorou tudo.
- Quer saber??? Eu não me importo mais com você, alias eu nem sei o que ainda ta fazendo aqui! Já era! Some da minha vida e de mim.
E saiu andando decida. Aquela era uma parte e uma versão de sua vida que nunca mais queria reviver. Tinha mudado e não queria nunca mais voltar aquela versão dela mesma que ficou ali sozinha, vendo uma pessoa muito melhor ir embora, sem nem sequer olhar pra trás.

quarta-feira, 12 de maio de 2010

Don't

Não.... Não me deixe (aqui, sozinha). Suplico que não me mate dentro de ti.
Não deixe que as mágoas do passado te tornem uma pessoa amarga. Não... Você é bom demais pra isso!
Não deixe que o cotidiano o cegue.
Não deixe que o cansaço o faça desistir. Nunca. Seus sonhos e desejos mais secretos são uma espécie de combustível e força que o movem.
Não permita que os seus pensamentos e sua razão esfriem toda a emoção, o sentimento e a intensidade que transbordam de seu coração. Se permita!
Não deixe de perdoar, de corpo e alma, quem um dia o decepcionou. E mais importante, não deixe de perdoar a si próprio.
Não perca tempo demais pensando tanto no passado, no presente e no futuro e viva! Perceba o mundo ao seu redor, seu mundo, pois estes estão em constante mudança.
Não deixe de falar, não deixe de expor o que se passa na sua cabeça, o que você sente. Por mais que não admita, ambos sabemos que isso só piora.
Não deixe de sorrir. É contagiante.
Não pare de acreditar. Se deixe surpreender. (Quase) Sempre. E ao mesmo tempo surpreenda, também.
Não perca a paciência. Tudo dá certo, confie.
Não seja apressado ou afobado. Desvenda o mistério do tempo aos poucos.
Por fim, não vá embora, acredite em mim do jeito que seus olhos dizem pra fazê-lo. Pode ter certeza que você vai ser bem mais feliz.
Sim.

domingo, 9 de maio de 2010

Antes de mais nada

É melhor ser alegre do que ser triste
Alegria é a melhor coisa que existe
Já perdi dias por falta de sorrisos, alegrias, simpatias e risadas. Já me revoltei com o mundo, com as minhas bases, com os melhores. Já descontei minha raiva, minhas frustrações e minha angustia através de patadas nas pessoas que sempre estiveram lá pra mim. Já achei que minha felicidade estava diretamente relacionada ao número de crises e tensões que eu tinha por dia. E assim eu fui levando a vida por tempo demais.
Até que de repente tudo parou de fazer sentido. Tal sistema deixou de funcionar pra mim como um dia havia funcionado. Senti que tudo estava indo pelo caminho errado e que eu não estava aproveitando tudo que me era oferecido da maneira apropriada. Comecei a perceber quão cansativas eram minhas crises, tensões e acima de tudo meu mau humor (e até mesmo meu pessimismo). Parecia que cada vez mais eu me afundava nesse ciclo vicioso. E então assim começou o processo que eu tanto precisava: o de mudanças.
Com o tempo pude perceber quão comuns e necessárias as mudanças são. Elas começam a demonstrar sua necessidade de maneira quase imperceptível até o momento em que chegam ao ponto crucial. E foi exatamente assim que tudo aconteceu. Passei a perceber que gosto delas e que, na maioria das vezes, elas são boas pra mim.
Seria muita hipocrisia da minha parte negar, esquecer ou omitir a participação dele em tudo isso. Sim, ele tem grande influencia em grande parte da minha vida e em grande parte de mim, até. E da maneira dele me fez perceber a aventura errante que eu estava. Sofri. Briguei. Ignorei palavras carinhosas e só passei a ouvir o que me falavam brigando. Chorei. Xinguei. Demorei a entender. Demorei a perceber. Precisei de ajuda, de apoio, de inúmeras conversas. Tive que aprender da pior maneira, pois assim seria mais fácil de nunca mais me esquecer. Aprendi! E muito, principalmente a acreditar. Em tudo de modo geral. Mas principalmente em mim e no tempo, pois esse sim resolve tudo, mesmo que a sua maneira. Clichê, mas verdade. E de tantos jeitos ele mudou a minha vida, me mudou, me fez ver que tal mudança beneficia a mim, acima de tudo.
Hoje me vejo como alguém mais calma e mais bem humorada, mais feliz até, mais tranqüila, mais otimista. É inegável que eu ainda enxergo os problemas, fico irritada, sou grossa e faço piadinhas sem noção. Mas o que mais importa é que o que antes muitas vezes me machucou, hoje me alegra, é meu porto seguro, meu refugio, meu lugar, feliz. E é assim que eu me sinto. Feliz. Porque é isso que eu quero.

quinta-feira, 6 de maio de 2010

É... São sonhos

Sonhava. Desde de sempre. A todo o momento. Criava teorias, cenas, situações, refúgios, soluções e até problemas. Encontrava nos sonhos seu porto seguro, seu lugar. Gostava desses momentos, gostava dos pensamentos pelos quais sua mente vagava sem destino, sem hora pra volta, sem nada. E detestava quando alguém a tirava de lá. Sabia que nunca mais conseguiria repetir os caminhos seguidos, estes estavam perdidos pra sempre.
Lembrava de ter sonhado e imaginado sua vida inteira; como uma meta que desejava alcançar. Lembrava também que em determinado momento havia se perdido. Sentia como se tudo que tinha sonhado não podia mais ser tornar realidade. E tudo fora tão de repente. Era como se aquele não fosse seu destino, mas de outra pessoa. Tentava voltar ao que era no passado, mas parecia fazer tanto tempo. Parecia em vão. Não conseguia, mas não queria desistir de tudo ainda. Eram seus sonhos, afinal. Não podia negar que no meio disso tudo existia ainda, um fator determinante mesmo que seu desejo oscilasse nisso tudo.
Talvez conforme cresceu passou a perceber que podia ser quem e o que quisesse. Que assim como seus pensamentos e sonhos, suas múltiplas personalidades e versões de si mesma podiam aparecer e desaparecer com certa facilidade. (Talvez tenha sido ai que tenha se perdido). E assim as duvidas também surgiram. Quem queria ser agora? Qual delas era melhor? Tanto pra si mesma quanto para todos.
Era obvio que estava mudando, e não de uma maneira inconstante. Dessa vez era diferente. As causas eram diferentes e queria que as conseqüências também fossem. Sonhava agora em encontra um lugar, o lugar. Aquele no qual tudo faria sentido. O sentido que tanto faltava agora. Que suprisse a falta que sentia, aquela que nunca havia sentido antes. E assim nunca mais se sentiria sozinha....

domingo, 2 de maio de 2010

Dúvidas

Desistir ou seguir em frente?
Sim ou não?
Tomar decisões ou empurrar com a barriga?
Falar ou escrever?
Escrever?
Esquecer?
Máscara ou por baixo dela?
Certo ou errado?
Rotina ou surpresas?
Tranqüilidade ou crises?
Arriscar-se ou permanecer no seguro?
Dizer ou ficar calada?
Normal ou diferente?
Encontros ou desencontros?
Destino ou falta de saída?
Você ou outro?
Dúvidas ou certezas?
Certezas?
Chances ou fins?
Sentir ou sufocar?
Afastar-se ou aproximar-se?
Satisfação ou insatisfação?
Ciúmes ou segurança?
Maturidade ou imaturidade?
Chances ou fins?
Fins ou começos?

quarta-feira, 28 de abril de 2010

A menina que era colorida

Há um ano ela deixou meu mundo e minha vida mais coloridos, tons de verde limão, rosa choque e laranja passaram a fazer parte das minhas manhãs, bem como a música latina passou a fazer parte da minha trilha sonora. Há dezenove anos ela faz isso com o mundo. Sei que pode parecer exagero, mas ela sabe que eu sou assim; exagerada. Então que seja assim, tudo ao extremo, sejam as cores seja nossa amizade.
Nunca imaginei um dia me encontrar com uma folha de papel em branco pra escrever sobre ela. Desde o começo sabia que ela faria parte do meu círculo de amizades mais íntimas, mas pra mim isso só seria por convenção. Eu pensava “Nããão, nós somos diferentes demais, com absolutamente NADA em comum. Simplesmente não tem como essa amizade vingar.” Simples assim. E hoje eu agradeço por estar errada, por minhas primeiras impressões serem rapidamente apagadas de minha mente.
Não sei ao certo como tudo começou, só sei que a partir de um certo momento você passou a ser indispensável. Foram mensagens, enquetes, jogos de truco e presidente, conversas nas aulas, aulas que a gente matou, risadas, cursos, almoços femininos, brigas, choros, consolos, broncas, histórias e assim, desse jeito eu já não podia mais imaginar meus dias mais pretos, cinzas, vermelhos. E quando, por acaso, assim o foram eu sentia alguma coisa faltando. Era o verde limão, o rosa choque, eram as cores. Era você.
Você me ensinou que mesmos os opostos podem ser sucesso, sensacional e acrescentar muito mais que pessoas ditas normais. E no meio disso tudo eu acabei encontrando alguém bem parecida comigo em todas as (nossas) diferenças. Porque é assim que você é: diferente e igual. E é assim que você consegue conquista TODO mundo a sua volta, com a sua simpatia, alegria, tornando impossível ter raiva de você por mais de cinco segundos.
Eu sinto o maior orgulho e felicidade de poder de chamar de amiga! E é claro que hoje você ia dar o ar de sua graça por aqui. No seu dia. Eu só tenho a te desejar tudo de melhor que o mundo tem a te oferecer. Na verdade, pensando agora tudo parece ser bem clichê, mas é como eu falei, o que importa é ser verdadeiro. Eu te amo, Gabriela Andrade! Muitos e muitos anos de vida e com certeza de amizade, sua estrainha e nerd do meu coração!

domingo, 25 de abril de 2010

Diálogos, parte II

I can see it in your eyes
You feel the same about us as I
There is no way the truth can be disguised
You're still in love with me
You were never really out of love with me
Your eyes don't lie
-A gente precisa conversa né?
-Fala!
“Isso é tão típico dele” – pensou ela.
-Até quando a gente vai fica nisso?
-Nisso o que?
-Nesse joguinho idiota!
-Que joguinho idiota? Fala logo! Você enrola demais.
-Esse joguinho que eu fico o tempo todo tentando faze você não fica puto comigo e você fica sendo grosso.
-Eu não fui grosso.
-É... você nunca é grosso!
-Eu não disse isso. Eu disse que agora eu não fui grosso.
-Eu odeio isso! Eu odeio esse jogo estúpido! E você sabe disso.
-...
-O que você quer afinal? O que você quer que eu diga?
-Nada! Você não precisa falar nada! E eu nem quero isso.
-Ta.
-Ta.
....
-Você sabe que eu odeio briga, principalmente com você.
-Você já me disse isso, no mínimo, umas trinta vezes.
Aquela cara que ele fazia, aquela, mexia tanto com ela. Ele sabia! Não era possível. Por que ele a faria naquele momento então?
-Eu me importo com você, com a sua opinião. Talvez até mais que eu devesse. Eu já tentei não me importar, mas não consegui. Eu gosto de você! De verdade! De um jeito diferente, inédito. E eu sinto muito por tudo.
-Não é suficiente. Você sabe disso. Não é assim que funciona. Eu te falei, não vai ser igual antes.
-Eu sei e não é igual antes. Mas a gente ainda pode conserta tudo.
-...
-Diz que você não sente mais nada! Olha no meu olho e fala.
-...
E então eles se beijaram. Um beijo longo, até quente. Um beijo deles, tão eles. E depois se abraçaram. E não precisaram de mais nada. Tudo fazia sentido. Eles ainda
eram eles.

quarta-feira, 21 de abril de 2010

Sempre você

But I never told you
What I should have said
No, I never told you I just held it in
And now, I miss everything about you
Can't believe that I still want you
and after all the things we've been through
I miss everything about you
Eu te vejo eu tremo, minhas pernas tremem, minhas mãos tremem. Meu coração dá saltos, dispara, parece q vai pular do meu peito. Meu estômago fica cheio de borboletas, dá cambalhotas. Parece que meu mundo para, ou fica todo em slow motion. Um sorriso completamente bobo invade meu rosto e tudo ao meu redor se ilumina. Até o chão que eu piso, de repente não parece ser tão sólido e sim feito de areia. É como se eu ganhasse meu dia; alias você tem esse dom: o de transformar meu dia. Não sei... Nunca tinha sentido isso antes! Não me parece normal, não pode ser normal. Definitivamente não é normal!
Mas quem foi que disse que tem que ser normal? Pensei, mas no fundo sempre soube que isso é verdade. Tem que ser verdade, porque com a gente nada nunca foi normal. Nossa história pode ser considerada tudo, menos normal. Você chegou, apareceu do nada e assim, desse jeito, com esse seu jeito bagunçou toda a minha vida, me fez questionar, pensar, repensar, me fez ver um outro lado nunca antes imaginado. Aquela voz na minha cabeça me diz que eu também causei isso tudo pra você, e ela me diz com tanta certeza. Ela me diz que toda vez que me você me vê você treme, também.
Eu já tentei, tentei muito. Te encontrar em outras pessoas, te esquecer, não me importar com você, com a sua vida e com a sua opinião, tentei apagar as lembranças que teimavam, sempre em vir a tona na minha cabeça. Pensei que um “simples” texto terminaria nossa complexa história. Mas tudo foi em vão porque não é minha culpa que toda noite quando eu deito minha cabeça no travesseiro é em você que eu penso. É de você que eu lembro. São nossas cenas, só nossas, que passam como um filme, nosso filme. E eu já desisti. Esse sentimento não diminui, parece só crescer. É inegável, impossível de sufocar.
De um jeito ou de outro você me faz flutuar, você com seus defeitos, qualidades e tudo que forma sua personalidade e seu jeito; sempre me arrasta para perto de você. De modo inesperado você surge, e você faz aquela cara, aquela sua cara, tão sua e me conquista, me desarma. Não sei se é destino, não sei nem mais se ainda acredito nele ou não. Só sei que eu percebi, meio como uma epifânia, que pra tudo isso só existe um nome... O seu.

domingo, 18 de abril de 2010

Bases

Life is just too short
For us to never be in touch
That’s why I wanna tell you
That I love you very much




Não teve um dia que você simplesmente foi embora, saiu. Mesmo porque nossa vida nem sempre acontece como nos filmes de Hollywood. Não, com a gente foi tudo aos poucos. Primeiro você ia por um dia, depois um final de semana e assim foi indo, progressivamente, até quando você passou um mês e depois foi tudo definitivo. Sem conversas, sem choro, sem despedidas tristes e emocionadas no aeroporto; sem nada disso. Foi simples, foi sua decisão. Talvez só sua.
É assim que você é, e é por você ser exatamente assim que eu sinto tanto orgulho de você, que eu te admiro tanto. Você é o que chamam de exemplo de vida, sem dúvida nenhuma. Seja por sua história de vida, pelo seu sucesso, ou qualquer outra conquista nesse estilo. Você é aquela pessoa em que me espelho, aquela pessoa que se eu for metade já cumpri minha meta de vida.
Talvez seja por isso que a gente tenha um relacionamento, às vezes tão simples e às vezes tão complicado. Talvez eu seja uma mini-você e você enxergue isso, mas nunca gostamos de nos ver nos outros, principalmente se tratando de alguém tão próximo. Quando isso acontece vemos tanto nosso melhor quanto nosso pior, de maneira extrema.
É claro que eu não sou cem por cento você, existe uma mistura. Cinqüenta por cento de certas características minhas foram adquiridas através da minha outra metade. Eu sei que você também a vê em mim. Sou teimosa, cabeça dura, de certa maneira persistente e determinada, mas também sou preguiçosa, adoro sair e ir a festas, sou imatura, em certos aspectos irresponsável.
No fundo eu queria ser sua princesinha. Eu queria ter tido mais tempo ao seu lado. Mas não um tempo gasto com “conversas” sobre coisas tão sérias. Sei que isso é de extrema importância também. Mas eu senti e sinto tanta falta de um tempo gasto com conversas simples, cotidianas. Queria ter mais lembranças suas e lembranças com você. Queria não ter perdido o encanto, perdido a magia, perdido o herói que eu via, perdido a isenção de defeitos e a completa presença de qualidades.
Eu percebi com o passar do tempo que apesar de tudo e acima de tudo você é humano, igual a mim e a todo mundo. Mesmo te colocando num pedestal você também tem seus traumas, suas limitações, suas crises e afins. E você tentou superar tudo isso e ser a melhor pessoa pra mim. Você tinha a missão de me ensinar tudo sobre o mundo que eu estava e estou descobrindo. E eu te amo muito! Mesmo não conseguindo expressar, dizer; eu sinto. Não sabia que era tanto até você ir embora, até eu passar quarenta dias sem te ver. Talvez minha vontade seja só fazer mais parte da sua vida. Não estou querendo parecer ingrata nem nada do tipo, porque eu sei que é impossível você ter tomado essa decisão sem pensar, isso não é você. Minha razão fala a todo o momento que é pro meu bem, pro nosso bem. Mas meu coração fica apertado e triste também a todo o momento.
E quem sabe esse coração apertado não seja a prova de tal amor? Quem que você sempre me disse que as maiores lições são aprendidas e tiradas dos momentos não tão bons. Mas saber que o Rio de Janeiro nem é tão longe e eu tenho você pra chamar de pai já vale o mundo. Eu te amo!

quinta-feira, 15 de abril de 2010

Diálogos

-O que foi?
-Nada.
-Faala!
-Tava te olhando e pensando na sorte que eu tenho!
-Sorte?! Como assim??
-É... sorte.... de ter você comigo.
-Ué, mas eu não sou a menina mimada, teimosa, criança, imatura?
-Mas vale a pena!
-Quando?
-Seempre!!

-Você é lindo....

quinta-feira, 8 de abril de 2010

Saber

O que me mata é a dúvida. É não saber, não entender. É o viver e o gostar não serem ciências exatas. Não estou, de jeito nenhum, negando o “algo a mais” que tais tipos de incertezas trazem. Muito pelo contrario, tantas e tantas vezes é exatamente isso que nos atrai e sem o menor receio admito que repetidas vezes foi precisamente isso que me encantou.
Só que existem momentos que o que mais a gente precisa é saber e confesso, de novo que é propriamente com um desses momentos que eu não contava e que eu me encontro. “Só” saber.
Saber se ele continua tão sério, tão maduro, tão cheio das piadinhas, dos sermões, das lições de moral, dos gestos, caras e bocas, aquele jeito tão indescritível dele, tão ele.
É saber se eu continuo eu mesma, aquela menina que eu era com ele. Saber se eu consigo ser quem eu quero ser sem deixar de lado características que admiro. Se eu vou conseguir...
Saber também se a gente continua sendo a gente. Se sempre vai ser assim ou não. É saber se você jogou ou não tudo fora, se você esqueceu e apagou tudo. Saber que decisão tomar num caminho que a partir de agora está cheio de encruzilhadas. É saber se nós e tudo que aconteceu, agora gira (exclusivamente) em torno de um jogo. Porque eu cansei de jogar, alias, com você, eu já parei de jogar faz tempo.
No fundo, talvez, eu devesse parar de escrever e falar. Talvez eu devesse parar de me esconder e parar de ter medo. Talvez eu devesse te contar para que assim você pudesse, finalmente, saber. Talvez você devesse me escutar (ou ler). Talvez você precise desabafar e jogar tudo na minha cara. Talvez...
Realmente, o que me mata é a dúvida. Você devia saber. Você precisa saber. E eu também.

segunda-feira, 5 de abril de 2010

Ela

Ela queria fugir até que quando tentou percebeu que não tinha pra onde ir. Não tinha a quem recorrer. Talvez fosse culpa dela; talvez não, fosse só o destino, mas ela se sentia tão sozinha. E ele fazia tanta falta!
Ela queria melhorar! Ela também queria que as melhores lhe entendessem, apoiassem, ouvissem, dessem colo, carinho e abraços. Não podia sequer pensar que elas podiam não se importar. Frases mal formadas surgiam em sua cabeça, mas ela não conseguia pronunciá-las. Silêncio. Insuportável. Ela queria pedir ajuda, mas não sabia como. Morria de medo de não ser aceita. De não ser mais amada. Pela primeira vez não tinha a menor idéia do que fazer e precisava mais que nunca de um guia, de alguém que pegasse na sua mão e lhe mostrasse o caminho. E estivesse sempre por perto. Um apoio. Um escape. Um porto seguro.
Ela tava cansada. Tão cansada a ponto de não ter mais forças. Sua máscara já estava quase no chão. Não queria ser menos normal por isso. Tinha medo de ser a pessoa por trás da maquiagem mesmo ouvindo que era muito mais bonita assim. Já não agüentava mais se esconder atrás de seu personagem. O “ela” criado já não era mais atraente nem nada do que tinha sido no passado.
O passado parecia tão mais legal. Sonhava em achar um jeito de voltar correndo pra ele. Ela fora tão feliz! E sempre soube. Por que não podia ser assim agora? Onde foi que ela se perdeu de tal maneira? Como ela pode ser tão burra? Doía, e como doía. Pela primeira vez se sentia assim. Era feio. E por ser assim tentava manter uma imagem forte. Em vão. No fundo sabia. Porém, era a única saída que via.
Todos deviam saber, ele devia saber. Difícil imaginar sua impassibilidade, se ela não tivesse presenciado não acreditaria. Amigos... é difícil ser amigo. Sempre temeu não ser uma boa amiga. Ela se importava. Ela não queria ficar assim, não queria mais grosserias e falta de paciência e amargura. Mas não ia ficar fingindo, não ia ser algo que não era e que sabia que nunca fora. Mesmo com todas as mudanças não ia deixar de ser fiel a ela mesma. Era difícil, ela estava com medo. No entanto, sempre fora fã de desafios e com certeza estava frente de um. É... bem que ouviu por ai que o que cai do céu não tem a mesma graça. E ela tinha tanta graça, a vida tinha tanta graça, viver tem tanta graça. No fundo ela sabia. Era só uma questão de tempo até ela achar isso de novo, se achar e se descobrir. Talvez essa fosse a graça.

sexta-feira, 2 de abril de 2010

Duas, elas duas

Duas meninas. Duas mulheres. Duas vidas. Duas histórias. Dois passados, dois presentes e dois futuros. Uma loira e a outra morena. Teoricamente, uma cansada e a outra elétrica. Duas papetes. Duas dores unidas tornando-se uma só. É... naquele dia era como se elas fossem uma só. Dois olhos verdes e tristes e cheios de lágrimas que escorriam. Lágrimas que se uniam. Aquele lugar.
Elas deviam ter esperança, nelas mesmas, num futuro melhor, na vida, em tudo; mas era dificil. Estava dificil. Aquela força que vem do nada tinha que surgir, mesmo. Ainda tinha tanta coisa pela frente, tanto por vir.
-Eu te amo! A gente já passou por tanta coisa juntas e a gente vai supera mais essa. Juntas. Como sempre.
-...
E o silêncio companheiro imperou. Elas estavam ali, uma para outra e isso bastava.

quarta-feira, 31 de março de 2010

Ser

Sim, eu sou uma pessoa feita de defeitos e qualidades. Sei que parece óbvio, mas tal fato é esquecido com uma freqüência muito recorrente. Apontar o dedo e julgar falando que o que eu faço é certo ou errado ou ridículo é fácil demais. Difícil é ser. Alias, bem difícil.
Se grandes filósofos já dedicaram tantas teorias e tempo com tal questão, não seria diferente comigo. Ainda mais quando definições sobre nós mesmos se tornam limitadas para mostrar ao mundo quem somos de verdade. Mas afinal, quem eu sou? Sempre achei que eu devia ter uma resposta pronta pra tal pergunta. E hoje eu não tenho. Atrevo-me a dizer que nunca tive e nunca terei. Percebi, no entanto, que até mesmo tal resposta é uma limitação tornando-se, assim, desnecessária. Eu sou mais, muito mais, que meras características colocadas em ordem. Todo mundo é. Além disso, cada dia é um dia e por ser diferente nós mudamos. É como se deixássemos de ser nós mesmos sem deixar. Uma certa mistura do meu velho com o meu novo eu.
Sou uma menina que devia ser mulher. Sou uma mulher com jeito de menina. Sou um misto de menina e mulher. Sou fiel ao que eu sinto. E eu sinto, muito. Sou quase movida pelo sentir. Tenho vontades e as realizo. E agora eu só quero ir pra casa de novo porque é como se eu tivesse em reparo, me cuidando porque é difícil ser. E eu sou, “simplesmente” eu.

segunda-feira, 29 de março de 2010

Palavras "soltas". Palavras ao vento. "Só" palavras

Sono. Máscara. Maquiagem. Café. Vicio. Preguiça. Aulas. Preguiça. Jogos. Apostas. Crises. Confusões. Medos. Preguiça. Sono. Saudade. Social. Observação. Conversas, algumas das melhores possíveis. Elas. Ele (s). Confissões. Confiança, crescente. Encheção de saco. Falta de paciência. Risadas e gargalhadas, também as melhores possíveis. Alegria. Sorte. Sono. Preguiça. Várzea. Uma certa paz. Trabalhos. Textos. Sentimentos. (Tentativas de) Compreensão. (Tentativas de) Se conhecer. Vida. Viver. Escrever. Falar. Achar. Criar opiniões. Identificação. Cumplicidade. Simplicidade. Complexidade. Saudade. Nostalgia. Duvidas. Musica. Musica. E musica. Festas. Bebida. Cerveja. Fotos. Risadas. Historias. “Eternidade”. Decisões. Escolhas. Uma certa efemeridade. Mente inquieta. Mente viva. Bipolaridade. Pensamentos. Certezas. Incertezas. Apoio. Conhecimento, em todos os sentidos. Intimidade. Bases, algumas ruídas, outras sendo construídas. Aprendizado. Rotina, rotineira. Alegria. Desejos. Vontades. Estar. Ser. Ter? Ser feliz, acima de tudo, apesar de tudo. Sempre. Desafio? Necessidade? Jeito de viver, jeito de levar a vida.

quarta-feira, 24 de março de 2010

Sobre o escrever

Escrever sempre esteve muito presente na minha vida, desde quando nem me lembro direito. Com o passar do tempo, dos anos e de meu amadurecimento o ato de escrever ganhou e perdeu espaço dentro e mim. Digo ganhou porque em diversos momentos fiz disso meu apoio e perdeu já que crescer é um saco e em tantos momentos, por diversos motivos advindos de viver, esqueci de tal paixão.
E, sim, hoje eu chamo o ato de escrever de paixão. Em tantos momentos subestimei o que sempre me atraiu tanto. Mas a vida, sempre cheia de idas e vindas, me deixava a todo o momento no mesmo lugar, com um papel e uma caneta e meus vários sentimentos confusos, mistos e complicados tais como eu. E sempre nesses momentos que eu sabia que eu precisava me encontrar e foi a escrita que me ajudou; se não a me encontrar como pessoa me ajudou a encontrar a paz necessária para continuar.
Apesar de não gostar de definições, hoje percebi que meus textos são minha válvula de escape nesse mundo louco, meu encontro comigo mesma quando me sinto perdida, meu mundo paralelo. Pode não fazer sentido, mas nunca, pra mim tudo pareceu tão obvio e claro.
Quando decidi fazer o blog fiquei muito insegura e com medo de não ser boa o suficiente, com medo de meus textos não serem bons o suficiente, com medo de não agradar, com medo simplesmente. Escrever pra mim sempre foi complicado já que quando coloco todas as palavras no papel estas são a tradução dos meus pensamentos, do que se passa na minha cabeça de uma maneira simplificada e (muito) mais organizada. Apesar de não parecer sou tímida e quando escrevo essa timidez parece não importar pra mim, ocorre uma completa entrega. No entanto, quando descubro que alguém leu o que eu escrevi, quando descubro que alguém “leu minha mente, meus pensamentos” me sinto desprotegida, nua, vulnerável.
E hoje me senti muito assim, talvez ate por conta da pressão que eu mesma coloquei sobre mim. Fiquei com medo de ser repetitiva, monótona a ate mesmo fútil. Não queria que pensassem “Que saco, ela sempre escreve sobre a mesma coisa!”. Foi ai que de novo me encontrei com o papel e a caneta e meus sentimentos pra tenta entender tudo isso.
Li por ai que a escrita é uma produção artística e eu sempre enxerguei os artistas como pessoas passionais, movidas cem por cento do tempo por seus sentimentos, paixões, pensamentos e vontades. Nunca, nem de longe, os achei fúteis. Pelo contrario, simpatizo com eles e até meio que me identifico. Li também que quando se deixa influenciar por fatores externos tudo isso perde sua essência.
Pois é, percebi que posso ser repetitiva e monótona, mas eu sou movida a crises, sentimentos, confusões e passionalidade. Sou intensa e transmito tudo o que sinto através de meus textos e que se não for assim talvez não valha a pena pra mim. Ao mesmo tempo a vida está aí pra corrermos riscos e escrever também é um risco, uma exposição e às vezes devemos nos arriscar e nos expor em algo nunca antes imaginado, e arriscar talvez me faça bem. É claro que agradar a todos é algo impossível, mas já me dou por satisfeita se alguém, uma pessoa que seja, se identificar com tudo o que eu quero falar, se o que eu escrevo tocar a vida de alguém como tantas vezes o que outras pessoas escreveram me tocou, fez com que eu me identificasse e por um segundo pareceu mudar minha vida, me fez ter vontade de mudar e mudar o mundo, o mundo ao meu redor, as pessoas ao meu redor. Isso já me parece uma tarefa e tanto. E só isso parece importar, é como se só isso bastasse, a “arte” de escrever feita por uma “artista” passional e apaixonada pelo seu mundo paralelo, feito de suas crises (fúteis ou não), desejos, paixões, pensamentos e vontades.
Termino por aqui minha digressão. Muito mais leve tranqüila e compreendendo um pouco mais de tudo e muito mais apaixonada pelo escrever.

segunda-feira, 22 de março de 2010

Marcelo

Te conheço, mais ou menos, o mesmo tempo que me conheço do jeito que sou hoje. Alias, quando te conheci estava começando o longo e inacabado processo de autoconhecimento. E você fez parte dele, apesar de todas as nossas fases afastadas.
- Um dia você vai escrever sobre mim?
- Não sei, dependendo do que acontecer.
E você fez e faz acontecer. Seu jeito, meu jeito, nossa amizade. Alias, fudida agora. Nossas longas, intermináveis e, ás vezes, inacabadas conversas sobre tudo; desde do quanto estamos ferrados com os milhões de trabalhos de duas faculdades "inimigas" até sobre a Playboy da Tessália. Coisas que só a gente entende, até mesmo quando eu não entendo. Coisas que já ultrapassaram há muito tempo a tão prezada, por mim, linha da amizade. E você ri quando eu digo isso. "É a gente, sou eu, é você!"
Duas pessoas tão iguais e tão diferentes e assim tornam tão completas. É... é a gente. Não encontro frase melhor, talvez pela nossa complexidade e, por incrível que pareça, talvez, pela nossa simplicidade. Talvez eu esteja sendo pouco clara e muito repetitiva, talvez eu esteja perdida em meio a tantas lembranças ligadas a você.
Ainda me lembro do dia que a gente se "conheceu", ainda lembro do dia que a gente se conheceu de verdade, ainda lembro como éramos praticamente duas crianças se julgando super adultos, ainda lembro como "você pintou alegria" ao meu redor, ainda lembro como a gente mudou e ainda assim permanecemos nós mesmos.
E você me entende, como (quase) ninguém. Julgo até que você me conhece como (quase) ninguém. Você, até hoje, (e até o fim, espero) me alegra, me anima e é minha companhia. Por mais que você me irrite, por mais que eu queira te matar, por mais que eu saiba que você vai ficar todo metido e se achando por causa disso ; com absoluta certeza meus dias não seriam tão alegres e repletos de sorrisos sem você.
Obrigada por tudo! Desde os jogos no MSN até nossas apostas. E até o dia que a gente namora... ou se matar! HAHAHAHAH!
-Se eu te pedir em namoro você larga....?
Te amo! hahahahaha

quinta-feira, 18 de março de 2010

Desabafo

Ela sabia que precisava falar tudo que estava engasgado. Mas ela era uma espécie de covarde. Não queria ter aquela conversa, mesmo sabendo que era meio inevitável. Talvez seu maior medo fosse não conseguir dizer tudo o que tinha pra dizer. Nunca fora boa em falar coisas difíceis, complicadas e que envolvem seus sentimentos. Aqueles que, ás vezes, nem mesmo ela conseguia entender e aqueles que ela tentava a todo custo esconder e sufocar.
A imagem que ela vendia dela mesma era oposta a imagem que ela tinha dela mesma. Talvez oposta fosse uma palavra muito forte, mas era, com certeza, diferente. Será que isso era errado? Ela só queria parecer normal. Tinha lido por aí que é o que todos tentam. Ela queria que todos gostassem dela. Sabia que, no fundo, era o que todos queriam. Tinha medo de fracassar. E tinha certeza que todos sofriam desse mesmo medo. Apesar de tudo ela queria ter um diferencial em relação a todos, mesmo sendo o que todos julgam normal.
-Eu não agüento mais! Quem você acha que você é? Por que você sempre se julga melhor que eu? Você não tem nada que te torna melhor que eu! Você não é melhor que eu! Mesmo. Por que você insiste em briga comigo, me dar broncas? Você não é meu pai! Não precisa ficar cuidando de mim, eu sei cuidar de mim mesma. Sempre foi assim. Ok, eu admito que eu to num mau momento, que eu to perdida e to uma bagunça e não tenho a mínima idéia do que fazer. E, talvez, ter você por perto seria bom. Mas vai passa, como tudo sempre passa. Talvez não haja nada pra gente faze. E eu aqui insistindo. Em nada, literalmente. Você devia sumir, ia ser mais fácil mesmo que eu sinta sua falta. Eu não posso continua assim e eu sei disso. Muito bem.
-...
O espelho sempre fora um ótimo companheiro para seus desabafos. Lágrimas escorriam por seu rosto e seus olhos estavam verdes e tristes. Ela estava triste.

terça-feira, 16 de março de 2010

Silêncio

Ela não tinha nada contra o silêncio. Até gostava dele. Ouviu dizer por ai, através de lendas e sabedorias populares que quando duas pessoas conseguem ficar confortáveis com a ausência de barulhos, quando conseguem ficar sem pensar em mil coisas legais para falar ou outros mil assuntos legais sobre os quais uma conversa possa se desenvolver; é nesse momento que tais pessoas são amigas o bastante, o necessário, o suficiente.
Em outros tempos ela já provara de tal tipo de quietude. E ela aproveitou, curtiu, se deixou envolver e se deixou levar por tal silêncio. Era companheiro, sincero, significativo e tantos outros adjetivos que ela sabia de cor e guardava com tanto carinho e saudade.
Mas os tempos mudaram, como tudo. É a lei da vida. Sempre foi assim e sempre vai ser. E nada pode mudar isso. E ela não tinha problemas com mudança. Também meio que gostava delas. Seu maior problema e sua maior dor diziam respeito a outro fator. Era o fato de o antigo silêncio tinha se transformado num outro tipo de silencio que os afastava como nunca.
O atual silêncio era pesado, tenso, cheio de “sentimento” que era possível perceber até quando esse silêncio era quebrado por um simples “Bom dia!” que de simples não tinha absolutamente nada. O silêncio que raramente era quebrado quando era acabou se desdobrando em grosserias mais profundas.
Ela tava sofrendo. Gostava dele (muito!). Gostava (muito) das conversas e dos silêncios que eles tinham.
Agora ela andava quieta pela famosa avenida que tanto gostava e que tinha a marca dele naquele prédio. Apesar de todo o barulho de carros, ônibus, pessoas e afins ela parecia não ouvir nada. O silêncio imperava dentro dela. O mesmo que afastara ele dela. E ela, perdida, não sabia mais o que falar e tentava pensar em mil maneiras de quebrar tal quietude.

quinta-feira, 11 de março de 2010

"Nosso" Futuro

Eu não vou negra; aliás, eu não posso negar que eu adoro, que eu fico feliz e que esse sorriso idiota e ridículo surge no meu rosto cada vez que você vem. E você vem, sempre, com o seu jeito único, cativante e o que eu mais adoro e odeio: envolvente. Foi assim que tudo aconteceu; foi assim que você me “conquistou”.
Pode até ser radical e errado, mas você ta tão longe; embora minha vontade é que você estivesse aqui, pertinho de mim. E a gente não pode continuar assim desse jeito, a gente não pode continua com isso. A gente precisa de um fim, eu preciso de um fim. Porque ser sua amiga não é suficiente e eu me vejo com você.
E eu aqui sentindo sua falta, falta das suas besteiras, falta da gente e dos nossos momentos, das nossas conversas. E agora eu nos vejo investindo no “incerto”.
Talvez eu goste mais da imagem que você tem comigo e do que você representa pra mim do que propriamente de você. Ou não. Só sei que parte dos melhores momentos das minhas madrugadas foram ao seu lado e eu ainda lembro da sua voz, a melhor trilha sonora do meu “verão”.
Você foi minha melhor historia de verão e eu sonho que no fim da nossa comédia romântica nós dois estejamos felizes e não mais perdidos no meio de nós mesmo e de nossos momentos.

terça-feira, 9 de março de 2010

Querer

Eu quero grita. Eu quero sumir. Eu quero jogar tudo pro alto. Eu quero ter você do meu lado. Eu quero voltar a ser como era antes. Eu quero ser aquela menina animada, alegre que, infelizmente, grita. Eu quero ter você do meu lado! Eu quero poder conversar. Eu quero que você se importe do mesmo jeito que eu ainda me importo, mesmo que não pareça. Eu quero voltar a rir com você. Eu quero você fazendo parte da minha vida e eu da sua. Eu quero jantares com você a beira da piscina. Eu quero união. Eu já nem sei mais o que eu quero. Eu devia saber o que eu não quero, pelo menos.
Talvez de tanto querer e de tanto sonhar eu acabe sem nada, talvez faça parte do jogo. Eu só queria que você soubesse.

quarta-feira, 3 de março de 2010

Definições

Percebo que o tempo já não passa
Você diz que não tem graça amar assim
Foi tudo tão bonito, mas voou pro infinito
Parecido com borboletas de um jardim
Agora você volta
E balança o que eu sentia por outro alguém
Dividido entre dois mundos
Sei que estou amando mas ainda não sei quem
Não sei dizer o que mudou
Mas nada está igual
Numa noite estranha,a gente se estranha,e fica mal
Você tenta provar que tudo em nós morreu
Borboletas sempre voltam
E o seu jardim sou eu




Nunca fui fã de definições e nem boa isso. Ate porque a genética me impede completamente de ter um poder de síntese suficiente, até mesmo pra isso. Certa vez eu vi que quem se define de um único jeito se restringe, tornando-se apenas aquilo sendo que é muito mais, sempre. (Alias, genial).
E foi aí que eu escuto:
- Ainda não te entendo, mas me divirto conversando com você. Assim, ainda não te decifrei.
- Já me disseram que meu modo de pensar é diferente do resto do mundo. Não sei porque.
- Isso eu já notei e arriscando um palpite, só acho que além de diferente, seu modo de pensar/agir é inconstante. Por isso fica difícil de entender.
- Como assim?
- Tem horas que eu noto uma menina mais questionadora (sobre tudo), mais desiludida [por falta de palavra melhor]. E tem horas que eu noto outra menina mais descontraída, mais livre [de novo, pela falta de palavra melhor], mais “mandando um foda-se pra tudo”. Entende? Se eu fosse te definir em uma palavra intensa cairia bem. E sem conta que eu não consigo ver maldade em você. (...)
Engraçado que é exatamente tal feito que se distingue nos meus dois mundos. Pra um tal definição é quase perfeita e se torna meu pior defeito dentre outros tantos (inesquecíveis). No entanto, a parte que eu julgo a mais interessante é aquela que você parece nem ligar, perceber, se importar ou até ser aquela que você julga o “erro de tal teoria”: a falta de maldade nos meus atos. Para alguém que conhece há tão pouco tempo isso parece tão obvio e pra você que é você, isso não faz sentido.
Já pra outra metade do meu mundo toda essa crise é completamente indiferente. Tanto faz a intensidade ou inconstância de meus atos. Para você o que me parece importar é o viver. Aquele viver como diz a musica “não ter a vergonha de ser feliz” mesmo com todas as implicações de tal decisão.
E no meio dessa bagunça toda (um parênteses: se eu fosse me definir acho que tal definição seria bagunça; uma bagunça bonita e cativante) eu me encontro aqui tentando definir vocês dois, os dois opostos e tentando me definir. Logo eu, a garota que detesta definições. E eu sei que a gente, em ambos os casos e individualmente, somos bem mais que isso. (A vida e o viver são mesmo uma ironia).

domingo, 28 de fevereiro de 2010

Amigas

Parando pra pensar esse é, definitivamente, um dos textos mais difíceis de se escrever. São tantos sentimentos misturados que é quase impossível nomear e numerar todos eles. São tantos momentos, historias, crises, risadas, consolos, bebedeiras, festas que não tem como não surgir um sorriso no meu rosto cada vez que eu me lembro de tudo que nós já passamos juntas nesse um ano e pouco.
Fiquei tanto tempo olhando pro papel sem saber direito o que escrever, como escrever; ficando até perdida em tantas (boas) lembranças. Eu sempre soube que eu tenho a maior sorte do mundo de ter vocês do meu lado, sempre, fosse qual fosse a situação. Acho que, pra mim, a palavra que define de maneira mais precisa tudo isso é união.
Eu sei e é claro que simplicidade é uma característica que passa longe de tudo que aconteceu com a gente e entre a gente. Ainda mais porque eu sei que eu não sou a pessoa mais fácil de se lidar no mundo; com toda a minha dita intensidade e inconstância fica difícil tais como todas as complicações de vida de cada uma: trabalho, trabalhos de faculdade, rolos familiares e relacionados aos homens. Mas saber que no dia seguinte eu vou ter o cansaço de uma, as cores da outra e a putisse de mais outra e as outras tantas características marcantese e imprescindíveis é essencial. Ter certeza absoluta disso tudo é ainda mais.
Eu amo vocês, eu aprendi a amar vocês. De verdade. Casa qual com suas oposições, contradições (?) e igualdades em relação a mim. Com vocês eu aprendi a rir da minha ressaca moral mesmo antes de dormir, aprendi a ser sem coração/reggae roots... Ta, isso eu não aprendi muito! (hahahaha) Mas acima de tudo: eu aprendi a aproveitar e ser muito feliz, ás vezes, só pelo “simples” fato de ter vocês comigo e de vocês se importarem comigo de um jeito de mãe, irmã, prima e melhor amiga. É aquele jeito de quem briga porque quer evitar sofrimento, que conversa sobre tudo e sobre nada, que fica num silêncio pensativo e acima de tudo companheiro, que ri um riso amigo e cheio de verdade, sinceridade e sentimento.
Eu só queria que vocês soubessem de tudo isso como “prova” da importância de cada uma na minha vida. Quatro ou cinco anos de faculdade parecem muito pouco perto de tudo que nós temos pra viver. Obrigada! Eu amo muito vocês!

quarta-feira, 24 de fevereiro de 2010

De repente, não tão de repente

Chega uma hora que o seu jeito grosso comigo deixa de ser, em partes, sua maneira de me “punir” e passa a ser o único modo pelo qual nos tratamos. Deixa de ser um jogo nosso e começa a machucar, ainda mais. E o pior de tudo: eu não consigo simplesmente virar e ir embora. (...)

sexta-feira, 19 de fevereiro de 2010

Você

É claro que eu também tenho meus medos, minhas incertezas e inseguranças. No final, todos nós somos apenas humanos; pessoas com sentimentos misturados, confundidos e em atrito com a razão. (É normal todo mundo tem medo ás vezes.)
Mas eu também sou feita de muitas certezas. E a vontade de estar ao seu lado é, de fato, uma delas. É bobo, mas pra mim, ás vezes nossa história é como um filme de comédia romântica. Você surge praticamente do nada e num momento tão especifico entra na minha vida e muda tudo e bagunça tudo de um jeito maravilhoso. E com esse seu jeito sensacional me conquista cada dia mais; com suas surpresas, mesmo que bestas aos olhos alheios, com suas ligações inesperadas, com suas frases de efeito e com seus presentes simples.
Eu sei que nem tudo é assim tão fácil e que eu não devia estar me sentindo assim tão bem. Os problemas, mesmo que pequenos comparados aos reais, estão aí para comprovar isso assim como a distancia e os longos silêncios inseguros aos meus olhos. E mesmo com todas essas crises você me liga após uma mensagem e conversa comigo como se nada mais importasse e me faz rir, simplesmente. E aí o mundo inteiro parece caber nos meus braços e estar aos meus pés, tornando-se simples assim; assim como quando nos abraçamos. E eu me sinto bem... feliz... plena... e acima de tudo, eu me sinto esperançosa.
Se cada pessoa que passa pela vida de alguém tem mesmo a missão de ensinar alguma coisa essa, com certeza, é a lição que eu tenho a aprender com você. Aprender que arriscar-se pode ser bom demais e trazer alegria demais; aprender a simplesmente deixar acontecer e simplesmente se deixar levar e aprender a acreditar um pouco mais; tanto em mim mesma, deixando ou pelo menos tentando deixar minhas (tantas) incertezas e inseguranças de lado; quanto nas pessoas a minha volta. Atrevo-me a dizer que você também devia tenta absorver um pouco mais tais lições, pelo menos em alguns momentos, porque eu sei e eu sinto que você também está tenso com tudo que está acontecendo. Talvez eu esteja enganada e você esteja apenas tentando entender tudo isso. Ou não. Você se sente perdido e eu também me sinto e ambos em relação a tudo; as perspectivas da vida e do mundo e a imensidão que ambos se apresentam perante nós; mas é importante lembrar que é nisso tudo que está a beleza de viver....

quarta-feira, 17 de fevereiro de 2010

Nova vida

E eu cansei de ser essa menina! De repente surgiu uma louca vontade de tudo mudar. Meus desejos estão fervilhando por debaixo da minha pele. Aquela vontade de viver... Aquela vontade de viver intensamente corre pelas minhas veias. O medo de cometer erros parece insignificante perante as perspectivas que o próprio viver oferece.
Arriscar-se é preciso bem como ter coragem eliminando, ou pelo menos tentando eliminar, sentimentos como a timidez, a vergonha e apreensão.
Eu quero correr rumo ao futuro que implica em uma espécie de vida nova, diferente, cativante e acima de tudo intensa tal como essa. Talvez porque o maior medo de todo e qualquer ser humano seja passar de maneira indiferente pela vida. Eu quero realizar meus sonhos, eu quero dizer mais “sim” do que “não”, quero deixar as pessoas ao meu redor felizes, quero te deixar feliz! Eu quero fazer por merecer e eu quero ser feliz daquele jeito que parece impossível de traduzir em palavras mas que é, relativamente, fácil de sentir e impossível de esquecer. É aquela alegria que contagia, coisa de gente apaixonada que tem sempre um sorriso bobo no rosto...

terça-feira, 9 de fevereiro de 2010

O fim

E de repente tudo faz sentido, tudo passa a fazer sentido. Como num estalo. E aí numa fusão de momentos, situações tudo ficou tão fácil de perceber, tudo ficou tão claro.
Não quer dizer que finalmente eu sei o que eu sinto ao certo, entendo o que você sente e suas ações, que eu me toquei do que vai acontecer daqui pra frente porque olhando agora eu tenho quase certeza que é impossível. Afinal, pode passar o tempo que for é a gente...
Eu sei que isso é como se fosse um rótulo, um estereótipo que vai sempre nos perseguir e desculpa por isso, mas eu não consigo nos ver de uma maneira diferente.
Tudo que aconteceu entre a gente foi de um jeito intenso demais, forte demais, rápido demais, lindo demais, com drama demais e me fez feliz demais! E nisso, acredite em mim, eu nunca exagerei. Eu nunca duvidei disso. Nem por um segundo sequer. Sua ótima companhia não me deixava esquece isso.
Talvez meu erro tenho sido não ter te falado que eu também era muito sortuda em ter você comigo, que sempre valia a pena e que eu também gostava muito de você, de verdade. Mas aquele sorriso bobo teimava em não sair do meu rosto, aquela alegria contagiante de fato estava lá e pra mim contagiava o mundo, o mundo ao meu redor, o meu mundo. E pra mim aquilo já bastava, já era suficiente.
Eu sei que você deve me enxergar como o seu erro. Eu temo que eu seja seu arrependimento, eu temo muito porque você nunca, nem de longe, vai ser o meu. Pelo contrario, eu tava precisando de alguém como você, eu tava precisando de você. Muito! E eu sinto muito se eu não fui a menina que eu devia ter sido, a menina que você merecia que eu tivesse sido e nisso você tem toda a razão: é culpa minha. Você estava certo todas as vezes que disse que eu era mimada, infantil, teimosa, imatura, burra, fácil, fútil e que tanto gosta de atenção. Eu devia ter mudado por você, mas eu simplesmente não consegui... E eu juro, eu sinto muito por isso! Eu me culpo todo santo dia e eu vou sempre ter que meio conviver com isso. Mas às vezes eu penso que era isso que você tinha pra me ensina e pronto.
Eu fico triste que talvez esse seja o fim, simples assim. Mas a vida é cheia de fins, né? É só com o fim é que é possível que um novo começo surja e os erros do passado não sejam novamente cometidos e aí sim eu posso ser feliz daqui pra frente, pra sempre....
Só não esquece que te esquecer não é uma opção, é algo inevitável que eu sempre vou levar cmg.