terça-feira, 27 de julho de 2010
Novos Diálogos, parte II
-É...
...
-Sei lá, detesto aeroporto.
-Por que?
-Não sei, se você parar pra pensa você tá indo embora e deixando um monte de gente pra trás. Sei lá, não gosto. E despedidas sempre são tensas.
-Mas reencontros só existem por causa das despedidas.
-Justo.
...
-Posso ser boba?
-Você nunca é boba, mas pode.
-Eu já meio que te falei isso antes, mas eu to com medo. Sei lá, eu vou embora e vai que as coisas mudam, você me esquece, sei lá.
-Isso não vai acontecer! A única coisa que vai mudar é que a gente não vai se ver e você vai me deixar morrendo de saudade.
-Você é lindo.
-Você que é linda. E me faz gosta de você.
E o melhor abraço do mundo ela recebeu. Ela não precisava de mais nada, todo o sentido e seguraça lá estavam. Ele a fazia bem, a fazia feliz.
sexta-feira, 23 de julho de 2010
Em busca da verdade
Sempre fui fã de seriados americanos, assisto vários. Mas este foge - e muito - do meu padrão e mesmo assim, está no meu TOP 5 dos melhores e mesmo assim, quando o revejo - como agora - ele me prende como se fosse a primeira vez.
O enredo narra a história de Michael Scofield (Wentworth Miller) que cria um plano brilhante (e mirabolante) para tirar seu irmão Lincoln Burrows ( Dominic Purcell); acusado de um assassianto que não cometeu; da prisão de segurança máxima de Fox River. É claro que com o desenrolar da história mil reviravoltas aconteceme e a situação se mostra muito mais complexa e envolve muito mais gente que ambos irmãos jamais imaginaram.
Com um roteiro de tirar o folego a série te envolve na história contada de uma tal maneira que faz você odiar determinados personagens, torcer para outros e você se sente parte de tudo aquilo que está passando. Com muita ação, adrenalina e tiros Prison Break me ganhou.
No entando, (percebo hoje) que tudo se torna pano de fundo e o principal se tornou pra mim o perfil psicológico de cada um dos envolvidos na trama. Como apesar de todas as diferenças entre eles, todos sempre agem com certa passionalidade. agem por suas famílias, para estar juntos delas, agem por amor. Como as vezes a culpa vem, como as vezes as pessoas simplesmente se perdem no meio do caminho, como sempre é possível se redimir e se achar de novo; como no fundo, apesar de tudo todos nós somos humanoscom tudo que isso implica.
Talvez seja por isso que Prison Break é diferente pra mim e talvez seja por isso que eu goste tanto da série e ela me prenda tanto, como poucas conseguem.
domingo, 18 de julho de 2010
InTenso
“I know a girl
She puts the color inside of my world
But she's just like a maze
Where all of the walls all continually change”
(Daughters, John Mayer)
Ela me falou tanto desse texto, me cobrou tanto que, agora, eu estou com medo que soe forçado.Aliás, nem tenho medo. Acho que ela sabe que não é. E eu sei que ela sabe disso. E ela sabe que eu sei que ela sabe disso, mesmo se confundindo nos saberes de vez em quando. rsQuando ela apareceu eu já estava bêbado. Ela, então, nem se fala. Veio com um papo do qual eu não queria falar. Uma briga besta, que por mais que pareça que exista, não passa de intriga da oposição [ou não].O papo fluiu muito fácil, naquela ladeira na qual acabávamos de passar um bom tempo com um baita espírito de integração, tal como qualquer trote.E sim, eu já sabia de tudo o que se falava dela. Já sabia de tudo o que ela tinha falado. Já sabia de tudo o que foi falado que ela tinha feito. Já sabia de tudo o que ela tinha falado de mim.Mesmo assim, não liguei. Ela parecia tão alegre, tão feliz, tão inocente naquela conversa que me deixou intrigado em saber um pouco mais sobre ela. Quis descobrir um pouco mais do que se passava na sua vida e porque ela era [e se era] como era.Então veio o Orkut e o MSN, iniciativas básicas pra quem quer conhecer outra pessoa. E no MSN tudo se desenrolou de uma forma que nenhum dos dois imaginava.O estilo de vida dela me deixava meio idiota. Meu modo racional de ver tudo se confundia com o “foda-se” que ela deixava transparecer em cada frase. E, na boa, não quis julgar seu modo de agir e pensar, mas acabei julgando e vendo que era muito do que eu mesmo sempre quis fazer e pensar, mas nunca tive coragem.E então me deixei levar, e prometi a mim mesmo tentar, até o fim, conhecer essa estilo tão romântico e idealizado [sem julgar se é bom ou ruim] que eu estava conhecendo pela primeira vez.E como parte da promessa, jurei ser sincero ao máximo. Dizer quando discordava, dizer quando concordava [quase nunca], dizer quando estava feliz e, principalmente, dizer quando estava triste.Sim, pra mim esse foi o essencial. Ela me ouvia e não ficava entediada com meus problemas. E contei os mais sérios que já contei pra alguém. Não os mais sérios que tenho, por falta de coragem que, quem sabe, um dia vou ter. Mas, pra mim, o fato dela me fazer sentir à vontade pra ser triste de vez em quando, me deixava muito feliz.E, mais do que isso, me ajudava. Mais do que pensava ajudar.Aliás, engraçado que, no começo de tudo, ela achava que quem ajudava era eu. Pobre mente inocente que não via o quando era importante pra essa mente besta.Trocaram telefones, e por ele ocorriam os desabafos mais instantâneos. E a amizade foi se fechando, se compactando. Foram tomar um sorvete em uma segunda-feira qualquer. Coisa simples, mas que nenhum dos dois se imaginava fazendo á toa, como naquele dia.E, depois de um tempo, os problemas de cada um já tinham se tornado pequenos. Um já tinha mudado o outro e, desde então, passaram a falar dos problemas que passaram a ter, desde então. Porque tudo o que tinha antes virou passado, virou a base da amizade que nunca imaginariam que teriam, mas, acredito eu, sempre quiseram ter.Hoje, depois de tanto tempo, ainda que em 6 meses, a incerteza [ciúmes bobo] dela fizeram-na ter a dúvida da força de tal amizade. Porque, o tempo dedicado à ela, inevitavelmente, foi divido pelo tempo dedicado a outro tipo de relacionamento que os dois - engraçado - praticamente juntos, começaram a ter.Ela já havia dito que tinha ciúmes de seus amigos. Tinha medo de perdê-los quando eles se envolvem. E, recentemente, tinha me chamado daquilo que, no começo, era brincadeira. Era.Porque, hoje, não duvido, não nego, não me envergonho nem me arrependo de ser seu “Best”.E espero que, agora, lendo cada uma dessas palavras, mais do que ter certeza da sinceridade delas, quero que ela deixe de bobeira e perceba o espaço que ela já tem, já garantiu, já mereceu, já conquistou.E que continuo a achando como a menina que vejo, ou melhor, que não consigo ver maldade. Como tantas vezes já lhe disse. Como tantas vezes ainda vou dizer. Como a vi desde o começo. Como a vou ver sempre.
Texto retirado do blog: http://yofemismo.blogspot.com/