O que me mata é a dúvida. É não saber, não entender. É o viver e o gostar não serem ciências exatas. Não estou, de jeito nenhum, negando o “algo a mais” que tais tipos de incertezas trazem. Muito pelo contrario, tantas e tantas vezes é exatamente isso que nos atrai e sem o menor receio admito que repetidas vezes foi precisamente isso que me encantou.
Só que existem momentos que o que mais a gente precisa é saber e confesso, de novo que é propriamente com um desses momentos que eu não contava e que eu me encontro. “Só” saber.
Saber se ele continua tão sério, tão maduro, tão cheio das piadinhas, dos sermões, das lições de moral, dos gestos, caras e bocas, aquele jeito tão indescritível dele, tão ele.
É saber se eu continuo eu mesma, aquela menina que eu era com ele. Saber se eu consigo ser quem eu quero ser sem deixar de lado características que admiro. Se eu vou conseguir...
Saber também se a gente continua sendo a gente. Se sempre vai ser assim ou não. É saber se você jogou ou não tudo fora, se você esqueceu e apagou tudo. Saber que decisão tomar num caminho que a partir de agora está cheio de encruzilhadas. É saber se nós e tudo que aconteceu, agora gira (exclusivamente) em torno de um jogo. Porque eu cansei de jogar, alias, com você, eu já parei de jogar faz tempo.
No fundo, talvez, eu devesse parar de escrever e falar. Talvez eu devesse parar de me esconder e parar de ter medo. Talvez eu devesse te contar para que assim você pudesse, finalmente, saber. Talvez você devesse me escutar (ou ler). Talvez você precise desabafar e jogar tudo na minha cara. Talvez...
Realmente, o que me mata é a dúvida. Você devia saber. Você precisa saber. E eu também.
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Um comentário:
"saber se você jogou ou não tudo fora, se você esqueceu e apagou tudo"
eu li hj na aula :) é..
isso aí.
lindo!
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