Sonhava. Desde de sempre. A todo o momento. Criava teorias, cenas, situações, refúgios, soluções e até problemas. Encontrava nos sonhos seu porto seguro, seu lugar. Gostava desses momentos, gostava dos pensamentos pelos quais sua mente vagava sem destino, sem hora pra volta, sem nada. E detestava quando alguém a tirava de lá. Sabia que nunca mais conseguiria repetir os caminhos seguidos, estes estavam perdidos pra sempre.
Lembrava de ter sonhado e imaginado sua vida inteira; como uma meta que desejava alcançar. Lembrava também que em determinado momento havia se perdido. Sentia como se tudo que tinha sonhado não podia mais ser tornar realidade. E tudo fora tão de repente. Era como se aquele não fosse seu destino, mas de outra pessoa. Tentava voltar ao que era no passado, mas parecia fazer tanto tempo. Parecia em vão. Não conseguia, mas não queria desistir de tudo ainda. Eram seus sonhos, afinal. Não podia negar que no meio disso tudo existia ainda, um fator determinante mesmo que seu desejo oscilasse nisso tudo.
Talvez conforme cresceu passou a perceber que podia ser quem e o que quisesse. Que assim como seus pensamentos e sonhos, suas múltiplas personalidades e versões de si mesma podiam aparecer e desaparecer com certa facilidade. (Talvez tenha sido ai que tenha se perdido). E assim as duvidas também surgiram. Quem queria ser agora? Qual delas era melhor? Tanto pra si mesma quanto para todos.
Era obvio que estava mudando, e não de uma maneira inconstante. Dessa vez era diferente. As causas eram diferentes e queria que as conseqüências também fossem. Sonhava agora em encontra um lugar, o lugar. Aquele no qual tudo faria sentido. O sentido que tanto faltava agora. Que suprisse a falta que sentia, aquela que nunca havia sentido antes. E assim nunca mais se sentiria sozinha....
quinta-feira, 6 de maio de 2010
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