Lá estava ele. Era obvio que logo que ele chegasse ela o avistaria. Parecia imã ou algo do tipo, que sempre a mantinha em constante ligação com ele. Sentia sempre uma certa ansiedade, borboletas brotavam em seu estomago.
Ficou ali, por muito tempo o observando. Aquele jeito a hipnotizava e fazia um sorriso tão doce surgir em sua face. Parecia que tudo passava a fazer sentido, como um nunca antes sentido. Parecia, também, contagiar.
E então ele se aproximou. Falou futilidades, falou por falar. Deu a entender que queria conversar. Ela sentiu. Sem mais explicações, apenas sentiu. Pela primeira vez, tentou controlar seu nervosismo e apenas viver, deixar acontecer.
Quando o viu de novo, ele dormia. Como antes e ela ficou apenas ali, observando. Sentia uma paz imensa dentro dela mesma, toda a tensão que antes sentia não parecia encaixar naquele momento. E assim ele acordou. E a viu, foi a primeira coisa que viu. A única. Era ela. Única. Especial. E isso agora já era suficiente.
- Te acordei?? Aii, desculpa. Não queria.
- Não, magina. Quer deita aqui também?
- Pode ser.
Ela deitou ao lado dele. Uma química, uma tensão, uma eletricidade começou a ser trocada entre os dois. Algo natural, mas incontrolável. Ambos perceberam, tentaram ignorar, mas era impossível. Não sei porque ainda insistiam em tentar, devia ter sido a força do habito. E meio sem explicação, eles estavam abraçados como antes. Ela aninhada em seu peito, como sempre gostou tanto.
-Sabe, eu andei pensando. As coisas mudaram né?
-Ou as pessoas mudaram.
-Você mudou. Eu tentei ignora isso, mas agora já não dá mais. – e um sorriso nervoso começou a aparecer no rosto sério dele.
-Eu to tentando. Ainda não sou a menina que eu quero ser, mas eu to no caminho certo. – disse ela se desvencilhando do abraço dele, mas apoiando o queixo em seu peito e olhando fundo em seu olho.
-E eu quero te ajuda nesse caminho. Você merece, agora.
É impossível descrever tudo que ela sentiu naquele momento. Naquela conversa toda. O sonho dela, enfim, estava acontecendo.
Só faltava o beijo, o dele. Que a fazia flutuar. E depois dele sempre vinha aquele abraço. E tudo estava resolvido. Eles ainda eram eles, agora mais que nunca.
Acordou confusa, o misto de realidade e sonho ainda a confundiam. Mas logo percebeu. “Tudo foi um sonho”. Não dava pa disfarçar a ponta de decepção que surgiu. Mesmo assim estava feliz. (Quase) Tudo que tinha relação com ele a deixava assim. E a simpatia dele, fez ainda mais com que o dia dele que estava sem cores e sem perspectiva torna-se o mais lindos dos dias. E a fazia voltar a sonhar, sempre.
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário