quinta-feira, 12 de agosto de 2010

Conto de Fadas

Era uma vez uma criança que havia lido muitos contos de fadas. A princesa e o príncipe encantado que viviam felizes para sempre. E por incrível que pareça ela nunca se indentificou muito com tais histórias. Talvez nunca tenha realmente acreditado nelas.
E então ela cresceu e percebeu que gostar de alguém e esse mesmo alguém gostar de você, as vezes, não é o suficiente, não é o bastante. Engraçado (ou irônico), no fundo, mesmo sem querer, achava que quem insistia em lhe mostrar isso era seu príncipe encantado. Julgava-o tão perfeito, apesar de todos os seus - "insivisiveis" - defeitos.
Mas, no final, eles não viveram felizes pra sempre. E então ela passou a desacreditar ainda mais em contos de fadas. Julgava que serviam apenas para iludir, criar uma realidade completamente inexistente e equivocada.
Afinal, ao contrário de tudo que havia lido nas histórias, o cara malvado não era fácil de se enxergar. Pelo contrário. Talvez ele nem fosse realmente o cara malvado, mas com certeza, seu príncipe ele não era. Esse então, talvez nem devesse existir de tão dificil que era achá-lo. Doce ilusão. Tudo acontece por uma razão, porque tem que acontecer assim. O tempo age a sua maneira.
E então, como uma surpresa do destino tudo mudou. Sem aviso prévio, sem expectativas. Simplesmente aconteceu, como tinha que ser. Era ele, seu principe encatado. Como mágica feita por uma fada madrinha. É... tudo isso existe. Ele era imperfeito. Ria dela, fazendo-a rir. Irritava-a e depois a beijava fazendo-a esquecer de tudo. E eles foram felizes, sempre.

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